domingo, 24 de outubro de 2010

Souza Cruz: será que é tão ruim assim?

A Souza Cruz é uma empresa polêmica tanto pelo produto que fabrica como por seus projetos paralelos. É díficil disassociar o produto fabricado da postura corporativa, mas proponho que façamos esse exercício  durante a leitura desse post. Cigarro mata? Sim, mas o assunto aqui é outro.

A Souza Cruz investe pesado em responsabilidade social e ambiental. Muito mais que muitas empresas que passam a imagem de sustentáveis e lucram bastante com isso. Não pretende-se discutir aqui se ela faz apenas para tentar se limpar com a opinião pública. Seu produto é legal, e , para fins desse post, o que interessa é a sua ética, a sua transparência, a forma como ela lida com seus stakeholders e o impacto dos projetos na sociedade e no meio ambiente.
A Souza Cruz tem ótimos projetos com plantadores de fumo, tem projetos de reflorestamento em parcerias com universidades do sul do país, neutralização de carbono, frota social, um programa de voluntariado corporativo premiado... tem o Instituto Souza Cruz (que tem atuação independente das áreas de responsabilidade social e ambiental da empresa) etc.
Quanto a produção do fumo, quem entende de agricultura sabe o impacto que o plantio de fumo causa no meio ambiente. Procurando uma forma de diminuí-lo, há mais de dez anos o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Souza Cruz desenvolveu o chamado sistema float de plantio de fumo. Além de modernizar a produção e gerar mudas mais uniformes e saudáveis, o sistema elimina o uso do brometo de metila, produto que afeta a camada de ozônio e condenado no Protocolo de Montreal.
Desde 2000, 100% das mudas utilizadas pela Souza Cruz advém do sistema float, que é a plantação das sementes de fumo em bandejas que flutuam em canteiros com água e carregam substratos específicos para a produção de mudas. Quando estas estão no tamanho ideal, são transplantadas para a lavoura já adubada. Para se ter ideia de o quanto essa atitude é positiva, apenas em 2006 o governo brasileiro lançou o Programa Nacional de Eliminação do Brometo de Metila e hoje, quatro anos depois, a substância ainda não foi totalmente eliminada das lavouras do país.
O sistema float também permite que o tratamento geral das plantas seja feito no canteiro, dispensando a aplicação de qualquer outro defenfivo agrícola até a retirada das flores e proporcionando maior aproveitamento das mudas já na lavoura (99% delas). Além disso, esse projeto, em conjunto com outros, fez com que a Souza Cruz diminuísse em mais de 80% o uso de agrotóxicos em comparação a 1991 (de 6,6 kg/ha para 1,4 kg/ha em 2001).

Algumas informações sobre as áreas de responsabilidade social e ambiental da empresa (dados disponíveis no relatório social de 2008):
- 40 mil famílias de produtores de fumo atuando em parceria;
- Geração de renda em mais de quatro mil municípios;
- R$ 353 milhões em investimentos sociais, conforme modelo Ibase;
- Matriz energética 78% renovável, enquanto a média nacional é 45%;
- Todo o esgoto das unidades industriais é tratado biologicamente antes de ser lançado na rede municipal;
- A remoção da carga poluidora é superior a 97%;
- A fábrica de Uberlândia opera com a reutilização de 100% dos efluentes líquidos, tornando a água adequada para reuso.

Fonte: Um olhar sustentável sobre o mundo empresarial

sábado, 23 de outubro de 2010

Wal-mart vai pressionar fornecedores por desmatamento zero




O Walmart anunciou novos critérios para compra de produtos associados ao desmatamento, como óleo de palma da Indonésia e carne da Amazônia. O supermercado diz que exigirá garantias de origem para os produtos que entram na cadeia de suas marcas próprias. Segundo o Walmart, essa iniciativa reduzirá em 5 milhões de toneladas suas emissões até o fim de 2015 só para as marcas vendidas no Reino Unido e nos Estados Unidos.

O Walmart no Brasil começou no ano passado o sistema de rastreamento da origem da carne. Os planos do supermercado são expandir esse sistema para as outras unidades no resto do mundo.

Ainda não está provado que o sistema é infalível. Como a maior parte das fazendas na Amazônia não tem propriedade definida (a maioria das pastagens foram abertas em terras públicas invadidas), é difícil assegurar a origem da carne. Mas a pressão de grandes compradores, como o Walmart, foi um fator relevante para reduzir o desmatamento recentemente. E também emite um sinal claro aos grandes frigoríficos da Amazônia que os grandes compradores vão apertar cada vez mais o cerco à ilegalidade.

Fonte: Blog do Planeta - Época

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dois e Meio – Documentário sobre as empresas sociais

Fruto da parceria da Dois e Meio com a Talk Filmes, “Setor 2,5 – O Filme” é um documentário que registrará novos modelos de negócios que têm conseguido acabar com o ciclo de pobreza: os negócios sociais.

A Dois e Meio e a Talk Filmes vêm se aprofundando no tema desde o início de 2007, e a pesquisa de pré-produção – incluindo viagens à Índia e ao Bangladesh – já foi realizada. Nove grandes empresários brasileiros envolvidos com sustentabilidade foram entrevistados, assim como 31 empreendedores e funcionários envolvidos com Negócios Sociais na Índia e Bangladesh.

A direção do filme é do cineasta Ricardo Laganaro, diretor em uma nova geração de cineastas brasileiros que se desenvolveram nos diversos formatos e linguagens de conteúdos, idealizando para este projeto uma linguagem envolvente e não meramente expositiva, onde o filme penetrará na vida dos personagens, levando o espectador a fazer parte delas.

Os objetivos do Filme são:
1. Inspirar jovens e empresários a desenvolverem modelos de negócios voltados para o impacto social e o retorno econômico;
2. Documentar um momento de transição histórica do capitalismo, com a prática de empreendedores de destaque no cenário internacional, com novos modelos de negócios críveis e que atacam questões profundas de desigualdade social;
3. Apresentar ao espectador soluções simples e com alto potencial de escala que traduzem um novo olhar para superação da pobreza.

Veja o trailer do documentário:

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Unilever cria blog para engajar atitude sustentável

A Unilever lançou uma plataforma interativa para promover atitudes sustentáveis. Por meio de um blog e de campanhas digitais, criados pela agência F.biz, a companhia prega o uso consciente de produtos de cuidados com a casa para contribuir com o meio ambiente.


O blog conta as histórias de duas mulheres e de um homem que tem como desafio a mudança no cotidiano. Eles publicam as dificuldades e facilidades do processo de reeducação sócio-ambiental em suas rotinas e interagem com os internautas.

sábado, 9 de outubro de 2010

J&J faz concurso cultural para promover linha Reach Eco

Para divulgar a nova REACH® ECO, escova de dente com 40% de seu cabo feito de material reciclado pré-consumo, a Johnson & Johnson encontrou no programa vergonha alheia Legendários a oportunidade perfeita: o quadro sobre sustentabilidade apresentado por Felipe Solari.


A visita do repórter à fábrica da Johnson & Johnson foi ao ar no último sábado (2 de outubro). Solari, que acompanhou o processo de produção REACH® ECO, explicou como a simples iniciativa de reaproveitar materiais pré-consumo contribui para a preservação do meio ambiente.

A parceria entre o programa e a marca REACH® da Johnson & Johnson vai além e, nas próximas 6 semanas, promove o concurso “Pensamento Sustentável”. Marcos Mion convidará os telespectadores a mostrarem medidas sustentáveis implementadas dentro de suas próprias casas. Para participar, basta postar a sua idéia no canal da Johnson & Johnson no youtube: WWW.youtube.com/jnjbrasil. O autor do vídeo vencedor receberá uma visita de Felipe Solari e será tema de um próximo quadro no programa.
Confira o canal do Youtube da promoção.



quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pequenas empresas temem custo de adaptação

As pequenas empresas da Grã-Bretanha estão em situação financeira difícil para implementar suas políticas verdes, de acordo com uma pesquisa divulgada hoje.

A pesquisa, do Lloyds TSB Commercial, sugere que, embora a recessão tenha empurrado algumas empresas a adotar iniciativas ambientais como meio de reduzir custos operacionais, muitas outras não conseguem agir, e como resultado estão perdendo as oportunidades comerciais associadas a modelos "verdes".

Apenas 38% das 539 pequenas e médias empresas pesquisadas tomaram medidas para analisar os riscos ambientais de suas operações. Um pouco mais de metade citou custos como a principal barreira, e culpa a confusão que envolve a legislação ambiental como fator impeditivo.

Mas quase metade das empresas pesquisadas reconhece que iniciativas verdes criam uma reação positiva dos consumidores. Além disso, dizem, os lucros crescem, os funcionários ficam mais estáveis e encorajados e as empresas se posicionam melhor para disputar contratos.

"É evidente que as empresas reconhecem o valor de melhorar suas credenciais verdes, e os perigos de não mudarem. Mas muitas estão paradas por temerem o custo da mudança", disse John Maltby, diretor comercial do Lloyds TSB Commercial, segundo o Business Green

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Caixa Verde




A idéia é bem simples, mas poupa esforço e espaço!

Você já pensou em deixar todas aquelas embalagens espaçosas de papelão e de plástico no local da compra? Pois é, a Caixa Verde, como é chamado o local para armazenamento de embalagens dos produtos, é um dos diferenciais do Pão de Açucar. Além de possibilitar aos seus clientes carregarem menos peso para casa, não enche os seus lixos e garante que os materiais serão reciclados adequadamente.

O Pão de Açúcar investiu R$ 2 milhões na reforma de sua loja de Araçatuba (SP). A unidade ganhou fachada remodelada, além de Espaço Café e Pizzaria. No interior do supermercado de 1500m², as gôndolas posicionadas paralelamente foram trocadas por uma disposição diagonal, que possibilita ampliar a visão de loja e dos produtos.

Entre as mudanças na unidade está o reforço do posicionamento sustentável da rede. Na hora de pagar a compra, o consumidor pode usar a “Caixa Verde”, onde ele deixa as embalagens dos produtos para que sejam recicladas. Já o Programa de relacionamento “Mais” dá cinco pontos que podem ser transformados em vale-compras para os clientes que usarem sacolas retornáveis.

http://www.mundodomarketing.com.br/5,15105,pao-de-acucar-reinaugura-loja-com-caixa-verde.htm, acesso em 04/10/2010.

domingo, 3 de outubro de 2010

BP: o Anti-case

A BP - British Petroleum ou Beyond Petroleum, como a empresa resolveu se renomear há algum tempo - é, sem dúvida, um dos melhores anti-exemplos quando o assunto é Marketing Verde. Segundo reportagem do Planeta Sustentável, a empresa que foi a responsável pelo deprimente vasamento de óleo no Golfo do México ameaçou o governo americano de, caso não sejam concedidas mais liçenças para explorar outras áreas nos EUA, não indenizar as vítimas do acidente do Golfo do México. Assim! Com a maior cara de pau! Agindo como se a questão da indenização fosse algo facultativo. Pode??
                                 Sátira com o logo da BP, resultado de um concurso promovido pelo Greenpeace.

De acordo com a Planeta Sustentável, o gesto da BP foi provocado por legislação em discussão da Câmara dos Deputados, que barraria empresas que violam seguidamente regulamentações ambientais e de segurança de obter novas licenças para perfurar nos Estados Unidos. Se a chamada Clear Act se tornar lei, é improvável que a BP consiga qualquer nova licença em um futuro próximo. Mas o argumento de que a BP precisa continuar perfurando no Golfo para indenizar as vítimas simplesmente não é verdadeiro, diz a Alternet. De acordo com seu último relatório trimestral, os ativos e investimentos da empresa somam cerca de U$ 248.6 bilhões. Dinheiro, a BP tem. Mas o governo dos EUA estabeleceu que a indenização virá de um fundo da subsidiária da BP no Golfo, o que coloca a subsidiária em posição de alegar ter de manter suas operações rentáveis para poder arcar com os U$ 20 bilhões do fundo.  O comportamento da BP provocou condenações no Congresso. O deputado Raul Grijalva, um democrata do Arizona, acusou a companhia de estar "abertamente chantageando o governo americano." A empresa, disse ele, "deve ser responsabilizada não apenas pelo dano que causou, mas por sua consistente indiferença em relação ao dano."  APOIADO!


Fonte: Planeta Sustantável

Sol: brilha muito nos painéis solares do Wal-Mart!

E o Wal-Mart continua dando bons passos rumo à um futuro mais sustentável. 
A rede de varejo anunciou recentemente que vai quase duplicar o número de suas lojas que usam tecnologia de energia solar, incluindo locais onde vai usar painéis da nova geração, da espessura de uma película. A empresa começou a instalar turbinas eólicas em algumas das lojas e faz experimentos com sistemas geotérmicos para reduzir o uso de aquecimento e ar condicionado.


O Wal-Mart, que instalou painéis solares em 31 de suas 8400 lojas desde 2007, fará o mesmo em 20 a 30 outros pontos na Califórnia e no Arizona, que fornecerão cerca de 30% da energia das lojas. Mais de metade das novas instalações serão de películas solares, que incluem sistemas de cadmium telluride e cobre-indium-gálio-selenide, que usam menos material que as tradicionais células de silício. Por ser mais leve, a tecnologia de película pode ser usada em mais lugares, inclusive em estados onde a acumulação de neve torna impossível o uso de painéis mais pesados.