quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sustentabilidade infantil: como marcas veem os consumidores do futuro

Sustentabilidade infantil: como marcas veem os consumidores do futuro

Tang, Danone e Pritt focam em conteúdo sobre o meio ambiente e desenvolvem oficinas, brigadas de reciclagem e jogos educativos para o público menor de 12 anos

Por Fernanda Salem, do Mundo do Marketing | 15/12/2011

fernanda@mundodomarketing.com.br

Com o mundo mais atento à sustentabilidade e cada vez mais empresas alinhando sua estratégia ao conceito, as crianças ocupam um papel de destaque como os consumidores do futuro. Muitas já tomam iniciativas de proteção ao meio ambiente e chamam a atenção dos pais, usando os ensinamentos que aprendem nas escolas. Aproveitando esta tendência, marcas como Tang, Pritt e Danone focam em passar ideias de consumo consciente para o público infantil, utilizando linguagem lúdica. Sustentabilidade infantil: como marcas veem os consumidores do futuro
A questão ambiental já está presente na vida cotidiana das crianças, por meio dos educadores e da mídia, e as gerações atuais estão mais preocupadas com o tema. Se hoje as empresas já não estão mais alheias à sustentabilidade, quando seu público alvo são as crianças, o fato torna-se mais importante. As companhias passam também a focar na educação dos mais novos, por meio de jogos, material para professores e oficinas, para valorizar a imagem de suas marcas e aproximar produtos e serviços dos pequenos consumidores.
“O consumidor tem um poder nas mãos. Suas escolhas abrangem vários aspectos, como economia, sociedade e meio ambiente, e direcionam as ações das empresas. Estamos em um processo de transformação significativo que não sabemos onde vai dar. Ainda não somos sustentáveis, mas talvez nossos netos sejam”, diz Mirna Folco, Coordenadora de Capacitação Comunitária do instituto Akatu Mirim, voltado para ensinar sustentabilidade às crianças, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Aprender jogandoNa hora de levar o assunto sério às crianças, é necessário torná-lo atraente. “Para falar de um tema como esse, que envolve mudança de prática e de comportamento, é preciso também ser lúdico e interativo. Os jogos são uma boa ferramenta”, diz Mirna.
Assim como o portal do Akatu Mirim, do qual é patrocinadora, a Tang criou um game para reforçar o tema junto ao público infantil, importante consumidor da categoria. O Planeta Verde Tang, lançado em julho, é uma espécie de The Sims na qual os participantes constroem uma cidade, lembrando-se da preocupação de recolher o lixo, enviá-lo para o local certo e criar novos objetos a partir de usados. “O mais importante é mostrar à criança que ela pode realizar ações leves e divertidas, mas que tenham uma importância”, diz Juliana Macedo, Gerente de Marketing da Tang, marca da Kraft Foods, em entrevista ao portal.  Sustentabilidade infantil: como marcas veem os consumidores do futuro
A Estrela também investiu na proposta, com o lançamento do Banco Imobiliário Sustentável. O jogo tradicional, no mercado desde 1944, ganhou a versão ecologicamente correta. Além de ser feito 100% com matérias-primas renováveis, a temática busca fazer as crianças aprenderem brincando. Ao invés de bairros e ruas, as casas do tabuleiro são reservas naturais, como a bacia do Rio São Francisco. As companhias de transporte foram substituídas por empresas como Companhia de Reciclagem Energética e de Reflorestamento e as punições e sortes são, por exemplo, “sua empresa foi multada por poluir demais” e “você protegeu suas terras do desmatamento e faturou com o turismo ecológico”.
Plantando no pote de DanoninhoOutra empresa que tem as crianças como público alvo e deseja ter sua imagem relacionada à sustentabilidade é a Danone. Com o mote “Danoninho Para Plantar”, a companhia empreende uma ação na vida real e virtual. Em cada embalagem vem um pacote com sementes para as crianças plantarem no pote do produto, com instruções direcionadas a elas.
No produto, também é encontrado um código exclusivo que permite ao participante criar uma floresta virtual no site da mascote Dino. A cada árvore plantada virtualmente, a empresa custeia o reflorestamento de um metro quadrado da Mata Atlântica, realizado pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê), parceiro da Danone na ação. Em 2011, até agora, foram reflorestados 88.318 metros quadrados com a iniciativa.
Para manter os pequenos interessados, a empresa, por meio de Dino, oferece prêmios para o participante acrescentar à sua floresta virtual e realiza entrega de medalhas. Recentemente, a companhia também lançou um jogo para iPhone em que o usuário deve fazer a mascote espalhar sementes. Quem conclui o game ganha mudas exclusivas para plantar no site.
Um reforço ao orgulho das criançasCom o Esquadrão Verde, a Tang também realiza ações virtualmente e na vida real. Para participar do projeto, realizado em parceria com a Terracycle, as crianças devem se cadastrar no site, que abriga jogos. A marca propõe algumas ações para os internautas realizarem em casa, como um filme mostrando como fazer fantasias com materiais reciclados e pedindo para os participantes postarem fotos e vídeos provando que realizaram a iniciativa.
Sustentabilidade infantil: como marcas veem os consumidores do futuroNo ambiente físico, um cadastro é realizado por um adulto, que forma brigadas de coleta de embalagens de suco em pó. Cada grupo deve recolher um mínimo de 100 embalagens e enviar para o instituto, sem pagar pela postagem. Cada item vale R$ 0,02, que são revertidos para uma instituição escolhida pela brigada. Hoje são 272.946 agentes e mais de 1,5 milhão de embalagens recicladas. Uma atividades proposta foi a construção de um robô de materiais reutilizados (foto) que entrou no Guiness Book, o livro dos recordes, como a maior escultura de papel reciclado do mundo. “As crianças adoraram, ficaram orgulhosas e, neste caso, fizemos um vídeo nos comunicando com os pais, para mostrar do que elas são capazes”, diz Juliana. O empowerment das crianças é valorizado como forma de incentivá-las.
“Realizamos pesquisas e começamos a entender melhor o que era importante para as crianças. Percebemos, principalmente no público de oito a 12 anos, que eles deixam de se ver como criancinhas e começam a ter liberdade, com limites, então querem conquistar seu espaço e mostrar aos pais que são capazes de fazer coisas legais. Notamos uma vontade das crianças em relação a melhorar o meio ambiente, e por outro lado elas não sabiam como fazer”, diz Juliana.
Fidelizando educadoresApesar da comunicação direta com as crianças, também é importante falar com os pais e educadores. Dentro da estratégia da Tang, há um projeto embrionário com professores, ainda em fase de testes. O objetivo é levar conteúdo educativo e treinar os profissionais a comunicarem o tema de uma maneira que interesse às crianças. Os professores recebem as informações sem haver a presença da marca nas escolas.
Outra empresa que tem planos para reforçar este braço de capacitar os educadores no assunto é a cola Pritt. A marca da Henkel tem um projeto de desenvolver um programa de fidelização para professores, disponibilizando conteúdo no site da marca para ser utilizado na sala de aula. Entre o material, estarão propostas de atividades para serem feitas em casa e na escola, passo a passo de reciclagem, dicas e ideias sustentáveis. Sustentabilidade infantil: como marcas veem os consumidores do futuro
Com presença constante no dia a dia dos estudantes, a Pritt abraçou o compromisso de passar sustentabilidade a seu público, unindo-o ao tema de criatividade. Por meio da Campanha Pritt Volta às Aulas 2012, sob o slogan “Recicle e Crie seu Mundo”, a marca oferece oficinas de artes manuais com materiais reciclados. As Oficinas Pritt, realizadas em parceria com o canal de TV Nickelodeon, funcionarão em janeiro nas praias de São Paulo, aproveitando o verão. Além disso, a empresa lançou um produto especialmente para a campanha, a cola Pritt Hobby, que é desenvolvida a partir de cana de açúcar, em um processo de produção que não agride a natureza.
Publicidade infantil
Quando o assunto é a comunicação de empresas direcionada a crianças, se esbarra nas regulamentações e na discussão pública sobre publicidade infantil. “Tem que ter cuidado ao direcionar publicidade a crianças. Por isso mesmo as empresas seguem outros caminhos, porque não dá mais para simplesmente falar para a criança que ela deve consumir”, diz Mirna, do Akatu Mirim.
A Kraft Foods, por exemplo, tem uma política interna quanto a isso. Foram selecionados produtos que, de acordo com seus valores nutricionais, poderiam ter ações de divulgação direcionadas a crianças acima de seis anos, entre eles o Tang, que atende aos requisitos de possuir menos de 40 calorias e 10g de açúcares adicionados. Já as ações nas escolas com a divulgação das marcas foram abolidas. Nos projetos de Tang para instituições de ensino, as crianças não têm contato com a marca.
Já a Danone usa o site global The Food Profiler, uma metodologia de avaliação da qualidade dos alimentos, guiado por dados do NutriBrasil Infância. A ferramenta aponta os produtos destinados ao público de três a 12 anos que podem usar a publicidade, por seus perfis nutricionais. A empresa também não pratica distribuição de produtos em escolas, a menos que seja para fins educativos ou esportivos.
Além da reciclagem
Apesar das ações positivas, ainda é preciso investir muito mais na temática para revolucionar a forma de consumo e torná-la realmente sustentável quando as crianças de hoje forem adultas. “A sustentabilidade é um movimento que está acontecendo, já buscamos ter práticas melhores de consumo, mas há um caminho maior a percorrer. O consumo ainda é visto como um ato, mas é um processo em que se deve decidir de qual empresa comprar e como jogar fora ou reaproveitar”, diz Mirna.
É importante lembrar também que a sustentabilidade vai além da reciclagem, o tipo de iniciativa mais realizada com as crianças, principalmente pela complexidade de outros assuntos. “As empresas focam muito em reciclar, mas isso não é a solução. A reciclagem é a última saída, não dá para pensar só nela, temos principalmente que refletir, aprender juntos e, quanto mais pessoas fizerem parte do diálogo, melhor”, diz Mirna.

FONTE: http://mundodomarketing.com.br/reportagens/comportamento-do-consumidor/22394/sustentabilidade-infantil-como-marcas-veem-os-consumidores-do-futuro.html

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Natura e o pioneirismo no Marketing Verde

A Natura ganhou destaque no relatório Talk the Walk, fruto de uma parceria da UNEP (o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas), Global Compact e Utopies, essa última uma consultoria francesa dedicada à promoção do desenvolvimento sustentável.

A Natura ganhou destaque no relatório Talk the Walk, fruto de uma parceria da UNEP (o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas), Global Compact e Utopies, essa última uma consultoria francesa dedicada à promoção do desenvolvimento sustentável.

O estudo, que tem por objetivo mostrar de que forma uma comunicação consistente pode ser eficiente para sedimentar a cultura do consumo consciente no mundo, apontou a Natura como uma das empresas pioneiras no chamado Green Marketing (marketing verde). As outras duas empresas citadas como referência foram American Appareal e Stonyfield Farm, ambas companhias americanas.

No caso da Natura, o relatório explora principalmente o trabalho de comunicação da linha EKOS, dando ênfase à iniciativa da marca brasileira de levar suas crenças e valores ao maior número de consumidores possível, por meio de ações de merchandising em programas de TV e novelas de grande audiência

domingo, 18 de dezembro de 2011

Inteligência ecológica x Marketing verde


O combate ao falso marketing verde e a diminuição do impacto ambiental causado pelo consumo são as novas palavras de ordem do psicólogo e escritor Daniel Goleman, 64.
Autor do best-seller “Inteligência Emocional“, ele investe agora na “Inteligência Ecológica”.

Nesse seu último livro, Goleman defende que a sociedade tome consciência dos processos de produção que envolvem tudo aquilo que se consome, e que sejam revistos os métodos industriais incompatíveis com a preservação do planeta e da saúde das pessoas. “Não é mais possível ficar no escuro”, diz o autor.

Um dos caminhos para a transparência total, segundo o autor, é o trabalho dos ecologistas industriais -profissionais que sabem traçar toda a história de cada componente de um produto, calculando seus impactos ambientais e sociais. Assim, o ciclo de vida completo de uma mercadoria ficaria disponível para a análise dos consumidores, que decidiriam o que levar para casa com base em dados concretos, e não mais em falsas alegações ecológicas dos fabricantes. Esse trabalho minucioso, que começa a virar realidade em algumas partes do mundo, é o caminho para combater o falso marketing verde, diz Goleman.

Como diferenciar marketing verde de iniciativas reais para reduzir impacto ambiental?

DANIEL GOLEMAN – Agora, é muito difícil. Não há uma instituição independente que avalie o impacto do que compramos, ao menos não no Brasil. Mas já existe tecnologia para tornar isso possível. Nos EUA e na Europa isso já começou.

Quem deve responder pelas análises de ciclo de vida dos produtos? Governos, empresas?

GOLEMAN – Sou a favor de algo independente, como um grupo de ecologia industrial, para criar uma total transparência e dar informação aos consumidores. Um modelo para isso é o Good Guide. Ele é um corpo independente de cientistas e acadêmicos, que têm diversas fontes de informação. Eles oferecem um perfil completo do produto, de todo o seu impacto ambiental. Esse guia resume todas as avaliações em uma só, e dá uma nota simples, de 0 a 10. Com isso, você tem uma maneira de fazer escolhas reais.

Onde existe um desenvolvimento maior das análises de ciclo de vida dos produtos?

GOLEMAN – Estados Unidos, União Europeia e China. A China, surpreedentemente, está se tornando um centro de estudos desse assunto. Eles são a fábrica do mundo e estão percebendo que precisam entender por que seus clientes preferem um produto a outro, por que param de comprar algo. Todos os fabricantes serão forçados a dar todas as informações sobre seus processos de produção. O varejo começa a exigir isso. O modelo é o Walmart. Cerca de 20% dos produtos chineses são fabricados para o Walmart. E eles estão criando um índice próprio de impacto ambiental. Vão exigir as informações dos fabricantes, analisar, dar uma nota e colocá-la ao lado da etiqueta de preço, no supermercado. Isso está causando um pequeno terremoto na indústria. Uma outra cadeia de supermercados, a Safeway, com lojas na Califórnia, também está colocando essas notas, baseando-se nos rakings do Good Guide, que consideram o impacto de cada produto no aquecimento global, quanta energia ele consome, o impacto na biodiversidade, o impacto social. São questões duras, para as quais a indústria está sendo forçada a olhar. Nesta nova era de transparência, o consumidor vai votar com o seu dinheiro.

Não é muito poder para quem faz esses índices?

GOLEMAN – A organização que faz esse tipo de ranking tem que ser transparente. Quem quiser fiscalizar isso tem que ter acesso aos critérios para a escolha da nota. Não sei se o índice do Walmart, por exemplo, vai ser transparente. Se não for, isso pode dar vazão ao marketing verde, a coisas que parecem ecológicas, mas que só diminuem impacto em um aspecto. A transparência é a única coisa que pode acabar com esse “greenwashing”: a coisa que parece verde, mas não é.

As condições de trabalho entram nesse ranking?

GOLEMAN – No do Good Guide entram. A pessoa que fez o Good Guide [o americano Dara O'Rourke] é um professor que passou anos em chão de fábrica em países do terceiro mundo. Ele é que denunciou a Nike e expôs o uso de trabalho indigno que a companhia fazia. Hoje em dia, a Nike lidera um movimento em seu setor para acabar com o uso de “sweatshops”.

Como fazer o consumidor criar o hábito de consultar esses índices e mudar suas escolhas?

GOLEMAN – O Good Guide, por exemplo, está num aplicativo de iPhone. Você procura lá o xampu que vai comprar, o protetor solar, e ele mostra qual é a nota dele quanto ao impacto ambiental e se há similares melhores. Como a gente não costuma mudar muito nossa lista de compras no mercado, acho que não é tão difícil assim. Para as gerações mais novas, isso já faz parte do cotidiano. O trauma da geração das crianças de hoje é o risco de perder o planeta como nós o conhecemos. Agora, os mais velhos têm mais dificuldade de mudar de hábitos. Hoje, ainda é difícil fazer boas escolhas. Com a era da transparência, ficará mais fácil.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Você sabe o que é marketing verde?

Seja empresa grande ou pequena, a organização que deseja crescer no competitivo mercado, deve estar atenta aos anseios não só de seus clientes, mas da sociedade em geral.

Vale lembrar que muitos desses anseios não são mero modismo, como alguns acham, mas sim algo que pode mudar a trajetória de vários negócios, e a empresa que quiser sobreviver e crescer deve estar atenta a esses fatores.

E um que vou destacar em especial, é a preocupação que as pessoas vêm tendo em relação ao meio ambiente, chegando a fazer pequenas modificações em seus hábitos, dentre estes a escolha por produtos tido como “verdes” ou ecologicamente corretos e deixando de consumir aqueles que prejudicam o meio ambiente.

É nesta situação que as organizações vêm adotando em sua cultura organizacional, o marketing verdetambém conhecido como marketing ambiental.

Apenas para situar o leitor, o marketing verde é um dos mais novos nichos do marketing, voltado a atender as demandas de seus clientes que, preocupados com o meio ambiente, exigem que as empresas realizem algumas modificações nos processos de fabricação de seus produtos a fim de ajudar na preservação e aumentar a qualidade ambiental. Além disso, o marketing verde serve também para que a empresa possa atender às diversas legislações ambientais que vem surgindo.

Talvez você esteja imaginando: “Há essa deve ser mais uma estratégia da empresa visando apenas o seu lucro.” Realmente, no inicio do marketing verde, mais precisamente nos anos 80 e 90, o pensamento das empresas era basicamente esse. Mas aos poucos, através das pressões sociais, legais e até mesmo da própria mudança de consciência por parte dos empresários, hoje o foco é mais voltado a preservação do meio ambiente, sendo que muitas organização tem feito muito mais do que o exigido pela lei.

Um dos grandes diferenciais do marketing verde é que ele tem a oportunidade de beneficiar vários grupos, pois através de suas ações a empresa, sociedade e meio ambiente saem ganhando. É o que podemos chamar de reação em cadeia.

A preocupação ambiental é mais uma tendência imposta pela sociedade e é algo que não tem data para acabar. Assim as empresas que não se adequarem a isso, podem enfrentar vários problemas que vão desde perda de vendas até multas de alto valor.

Por isso esteja pronto para fazer modificações na estrutura do seu negócio e encare o marketing verde não como um atraso, mas sim como uma oportunidade de aumentar seus lucros, reduzir seus custos e ajudar o meio ambiente

Fonte: http://www.produzindo.net/voce-sabe-o-que-e-marketing-verde/

domingo, 11 de dezembro de 2011

Os novos paradigmas do consumo sustentável

Decorreu em Hamburgo, capital europeia da sustentabilidade 2011, nos dias 6, 7 e 8 de Novembro, a conferência científica internacional sobre o tema “Sustainable Consumption – Towards Action and Impact” (www.sustainableconsumption2011.org).

Na perspectiva do marketing sustentável foram debatidos temas como o valor da sustentabilidade para o consumidor, o retorno do marketing verde para as empresas e o contributo da promoção da alteração de comportamentos para reputação das empresas face a um novo perfil de consumidor, cada vez mais informado sobre os produtos que compra e a quem compra, e de uma sociedade mais exigente.

Assistimos presentemente a uma mudança de paradigma, em que o consumo materialista e hedonista é questionado. Neste modelo vigente, o consumo é encarado como algo benéfico, pois promove o culto da ascensão material, do sucesso e dos ideais de conforto e segurança. Porém, chegámos ao momento em que a expansão da economia global segundo este modelo é posto em causa pelas contradições existentes entre os imperativos económicos e ecológicos.

Segundo dados do Worldwatch Institute enunciados por Erik Essadourian, 12% da população mundial, que vive na América do Norte e na Europa Ocidental, é responsável por 60% do consumo mundial, enquanto os restantes 33%, na Ásia Austral e na África abaixo do Saara, são responsáveis por apenas 3%. Estes e outros fenómenos levarão à degradação dos ecossistemas e a uma necessidade crescente de energia e recursos naturais que colocam em causa o bem-estar humano.

É neste contexto que foram enunciados alguns dos principais desafios que o consumo sustentável tem pela frente, pois apesar do tema fazer parte da agenda política e económica, a adopção de produtos mais amigos do ambiente está muito aquém do esperado. Na prática, o que nos deparamos é com um desfasamento entre a intenção e a compra efectiva de produtos verdes. O consumidor afirma-se como conhecedor do tema e ecologicamente consciente mas tal não se traduz com o seu comportamento de compra na prática.

Na sua apresentação, Elizabeth Shove evidenciou que o consumo é um fenómeno multifacetado, pois trata-se de uma prática social ubíqua, e simultaneamente uma força económica, e as suas consequências são conflituosas. De um lado temos a produção, a indústria, a regulação. Do outro o mercado e as escolhas individuais, sendo que os determinantes do comportamento de compra sustentáveis são de difícil controlo pelo Estado ou agentes reguladores. Cabem, por isso, à esfera privada.

Os desafios futuros são multidisciplinares e é necessário cada vez mais pensar na perspectiva do consumidor. Não se pode isolar o consumo sustentável mas sim contextualiza-lo no sistema e nos estilos de vida”.

(Fonte: http://www.greensavers.pt)

Campanha Verão da rede Mundo Verde lança coleção de copos

A campanha de verão da rede Mundo Verde 2011/2012, alertar para cuidados com a saúde no verão, com dicas de como manter o corpo mais bonito e saudável. A estratégia de marketing da marca tem um cunho social e pretende conscientizar a preservação do meio ambiente. No dia 10 de dezembro, a MV lança uma coleção com três copos que poderão ser adquiridos nas compras acima de R$ 75,00 por R$ 10,90 ou individualmente por R$ 24,90. Será investido R$ 1,6 milhão de dezembro a Fevereiro na campanha de mídia imprensa que destacará a coleção.

Segundo o diretor de marketing da rede, Donato Ramos, um copo de plástico pode demorar até 200 anos para se decompor na natureza. “No verão, as pessoas estão nas praias e praças e é importante não se esquecer de cuidar da natureza para que as próximas gerações possam usufruir das belezas do nosso país. Os copos são bonitos e práticos e ideais para quem passa grande parte do tempo ao ar livre”, diz ele.

As cores escolhidas para as ilustrações dos copos levaram em conta a Cromoterapia com o objetivo de estabelecer o equilíbrio e a harmonia do corpo, da mente e das emoções através das cores. O copo com tons Verde representa as energias da natureza, da vida, esperança e perseverança. Simbolizam a renovação, fertilidade, crescimento e saúde.

O copo com cores cítricas (vermelho, amarelo e laranja) remetem ao verão e tem ligação direta com a criatividade, jovialidade, alegria e o dinamismo. O outro copo com tons rosa, azul e lilás tem ligação direta com o bem estar. A promoção é válida até 29/02/2012 ou enquanto durarem os estoques das lojas participantes.

[Fonte: www.mundoverde.com.br]

Aposta no marketing verde pode gerar bons resultados

A medida que a humanidade vai tomando consciência do seu papel social, muito tem se questionado a respeito da responsabilidade social das empresas, no que diz respeito aos impactos ambientais negativos. Por esse motivo, a sustentabilidade é considerada fundamental para que uma marca aumente o seu reconhecimento e a credibilidade no mercado. E para tratar da imagem da empresa relacionada ao meio ambiente, existe até uma nomenclatura especial.

O chamado “Marketing Verde” consiste na prática de todas as atividades inerentes ao marketing, porém incorporando a preocupação ambiental. Seu objetivo é realizar e satisfazer os desejos e as necessidades dos consumidores, desde que o processo não cause danos à natureza.

É muito importante que as organizações, ao aderirem a este conceito, informem os seus clientes a respeito das vantagens que eles terão ao adquirirem produtos ambientalmente corretos. Desta forma, podem gerar um estímulo em quem já tem essa preocupação, assim como despertar interesse em quem ainda não havia parado para pensar nestes aspectos.
Mas o que até o momento parecia ser positivo, para alguns ambientalistas não é. As empresas nunca estiveram tão engajadas com o meio ambiente, e muitos acreditam que isso possa ser apenas estratégia para que se aumente o número de clientes. Usar o “Marketing Verde” apenas para influenciar o consumidor, tendo em vista que algumas atitudes internas na empresa não irão mudar realmente, também torna-se negativa, além de não beneficiar a natureza.

A marca brasileira Natura pode ser citada como uma das pioneiras neste segmento. A empresa destaca-se com a linha EKOS, sempre buscando comprar matérias-primas vegetais, extraídas sem qualquer ônus ao meio ambiente. O trabalho de comunicação desta linha tem como objetivo levar suas crenças e valores ao maior número de consumidores possíveis, por meio de ações em novelas e programas televisivos de grande audiência. Isso tudo para difundir uma nova cultura ambiental.

Levando-se em conta esse exemplo e a consciência corporativa verde, o marketing tem uma força muito importante para cumprir esse papel. Trabalhar práticas ambientais e conscientizar as pessoas a terem responsabilidade é fundamental, principalmente nos dias de hoje.

Sempre que isso que seja feito de maneira verdadeira, certamente as empresas terão um retorno positivo e ajudarão a salvar o planeta da degradação total, que parece se aproximar a cada dia.

(Fonte: http://www.pcom.com.br)


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sustentabilidade: Alemanha desenvolve casa que produz sua própria energia


Um novo conceito em sustentabilidade vem sendo desenvolvido pelo governo alemão: casas que sejam produtoras de sua própria energia. A ideia veio do Ministério Alemão de Transportes, Construção e Desenvolvimento das Cidades que está construindo um projeto intitulado Casa Eficiente Plus em Berlim.


A residência vai testar soluções energéticas e produzir toda a energia que consome, além de abastecer dois carros movidos a eletricidade. A casa tem aspecto visual de vidro, para que seja possível a visualização interna por parte dos curiosos.



Nada é desperdiçado: um dos critérios mais inovadores é a energia que for produzida em excesso ser encaminhada diretamente para a rede, gerando “bônus” que poderão ser usados sempre que a produção diária não for suficiente.
O teto e a parede externa serão revestidos com placas fotovoltaicas, que produzem energia solar. Além disso, a residência conta com base de painéis de madeira, o que permite a construção ágil.
Quem vai morar lá? O Ministério alemão abriu um concurso para selecionar famílias interessadas em viver na casa por 15 meses. Entre um dos requisitos, está o de não se incomodar com visitas de pesquisadores e curiosos.

sábado, 26 de novembro de 2011

Como descobrir se é só marketing ou se a empresa é mesmo verde?


Sustentabilidade – Empresas Ecologicamente Corretas


Freqüentemente estamos sendo bombardeados pela mídia e por todos os meios de comunicação por palavras como meio ambiente; sustentabilidaderesponsabilidade social; ecologicamente correto; empresa sustentável e outras coisas que, para muitos de nós, ainda são de difícil assimilação e conceituação.
Dentro desta dificuldade; definir uma empresa sustentável é ainda um mistério para muitos consumidores preocupados com o tema. Afinal de contas, nem sempre são transparentes para os clientes os processos internos que transformar uma empresa comum numa empresa sustentável. O principal problema; é identificar o que vai além do marketing e da propaganda. O que realmente está sendo feito pela empresa “X” em busca da sustentabilidade e quais sinais podem significar que ela está no caminho certo.
Uma análise quatro pontos relativamente simples podem determinar se uma empresa sustentável realmente faz jus a esse título ou é apenas obra da propaganda barata e que deve ser execrada: O ponto inicial é acompanhar o noticiário sobre a empresa e perceber se há notícias de problemas financeiros ou dificuldades de caixa que a empresa venha atravessando. Se isso for uma constante em sua história; essa “empresa sustentável” pode ser sustentável só na fachada. Se nada for mencionado a esse respeito; marque o primeiro ponto para ela em seu conceito.
O segundo ponto a se considerar é: Os produtos produzidos ou os serviços prestados por ela sãoecologicamente corretos? Mesmo que a empresa sustentável produza elementos que agridam o meio ambiente; é necessário levar-se em consideração como ela trabalha para minimizar ou eliminar os impactos provenientes de seu processo produtivo. Consulte entidades ecológicas locais e, novamente, observe o noticiário em tono da candidata a empresa sustentável. Se ela estiver constantemente envolvida em problemas relacionados a poluição do meio ambiente; risque-a do mapa. Caso contrário; ponto para ela.
Um outro ponto importantíssimo para definir uma empresa como sustentável; é saber como ela trata os seus funcionários e a comunidade onde ela esta inserida ou atua. Os passivos trabalhistas são altos e freqüentes? O pessoal trabalha em boas condições? A empresa realiza atividades ou ações ligadas ao bem estar da comunidade que a cerca? Ela se preocupa com os seus funcionários e com os seus consumidores? Novamente se a resposta for sim; a empresa é mesmo sustentável. Se não…
E, por fim, uma empresa sustentável atua num ramo de produção que é social e culturalmente aceito pelo ambiente humano em que está inserida. A ética das ações e a aceitação dos processos produtivos deve ser plena. Não é possível, por exemplo, dizer que uma empresa que atue com contrabando, por exemplo, seja uma empresa sustentável. Pois, além de moralmente questionável; sua atividade é ilegal e passível de punição.
Assim, se o resultado foi positivo para todas as perguntas e observações feitas; você pode realmente considerar essa empresa sustentável. Se um ou outro questionamento não estiver “de acordo”; é sinal de que o caminho ainda deve ser trilhado por mais um tempo e com mais afinco até que se alcance uma situação de sustentabilidade plena.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

SWU atrai marcas que querem reforçar conceito de sustentabilidade


Festival atrai empresas como Heineken, Coca-Cola e Ipiranga para divulgarem suas plataformas de conscientização ambiental


Grandes eventos de música são sempre oportunidades para as marcas criarem relacionamento, conquistarem potenciais consumidores e fazerem ativações.
Em relação ao SWU, o grande atrativo para as organizações é seu forte vínculo com a sustentabilidade, lema que já começa a ser reforçado no nome do evento (Starts With You, ou começa com você) e perpassa toda sua divulgação.
O SWU 2011 ocorreu nos dias 12, 13 e 14 de novembro, em Paulínia, São Paulo
Confira as principais ações:

Crystal ECO

A Coca-Cola, junto com a Fiat, a Melitta, a Ipiranga e a LPL, é patrocinadora do festival, como foi na edição de 2010. A plataforma é uma boa ocasião para a empresa dar continuidade a sua já estabelecida estratégia de reforçar o conceito de sustentabilidade.
O grupo realizou um lançamento exclusivo para o evento, que somente estará no resto do mercado em janeiro de 2012. Trata-se da nova garrafa de água da marca Crystal, a Crystal ECO, que utiliza 20% menos PET que as versões anteriores, além de ter 30% de sua matéria-prima originária da cana de açúcar, e não do petróleo.
O local foi palco de uma campanha da empresa para estimular os consumidores a retorcer a embalagem após beber, divulgando que isto diminui em quase 40% o volume transportado para a reciclagem, facilitando o processo.
Combustível
A Ipiranga, como a Fiat, ambas patrocinadoras, é uma marca que tem a ganhar com o foco sustentável do festival, especialmente pelo produto que vende. A rede contou com uma arquibancada vip exclusiva no evento para 8 mil pessoas, e que também foi utilizada para a divulgação do “Cartão km de vantagem Ipiranga”. Um local coberto e com uma vista privilegiada dos dois palcos principais. Os ingressos tiveram o preço de R$ 450 para o público ou R$ 200 mais 100 km para os clientes do cartão. Para reforçar seu patrocínio, a empresa investiu principalmente em concursos que deram entradas como prêmio.

A maioria das ações foi realizada na página da marca no Facebook, chamada “Km de vantagens”. O concurso cultural premiou 30 internautas com dois ingressos, cada. Os participantes tinham que criar uma frase descrevendo uma ação sustentável que praticavam no dia a dia, proposta que também esteve presente em quase todos os sites de música que fizeram sorteios. A Ipiranga também ofereceu mais 120 pares de ingressos no site de leilão Lances de Vantagens, para clientes cadastrados. 
Música
A Heineken mantém seu posto de marca com o maior envolvimento com o SWU, novamente detendo os direitos de venda de cerveja e chopp e com o Heineken Greenspace, palco de música eletrônica. O patrocínio aos eventos musicais é um grande braço da empresa, que apoia mais de 100 festivais no mundo e já fechou com o Loolapalooza 2012, no Brasil.
Como fez no Rock in Rio, a ação principal da marca foi divulgar sua plataforma musical “Human Equalizer”, um aplicativo de MP3 focado nos jovens adultos. Para a divulgação do conceito, a empresa também organizou “aquecimentos”, com festas em casas noturnas em São Paulo, Campinas e Americana, no estado de São Paulo. Os eventos são registrados e os vídeos publicados na fan page da marca.
Na área de sustentabilidade, a Heineken lançou no Brasil, no evento, a plataforma “Brewing a Better Future”, que têm três objetivos: melhorar o impacto ambiental dos negócios da organização, capacitar as pessoas e comunidades em que opera e divulgar o impacto positivo da cervejaria.
Consumo de álcool
Em Paulínia, a empresa utilizou apenas 70% da sua operação com o serviço Chopp Heineken, para diminuir o impacto ambiental, e espalhou containers de lixo e mensagens para incentivar os consumidores a realizarem o descarte dos resíduos de maneira adequada para a reciclagem.
Outro ponto é um assunto com o qual as produtoras de bebidas alcoólicas de todo o mundo vem se preocupando: o incentivo ao consumo responsável de álcool. A marca apresentou a plataforma de conscientização “Enjoy Heineken Responsibly”, exposta em forma de vídeos em todas as ações no evento, em apoio à campanha do Governo do Estado de São Paulo. A cervejaria ainda construiu uma parede de escalada de 7 metros de altura, com visão privilegiada dos palcos, e bares na área VIP.


Fonte: mundodomarketing.com.br

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Telhados Verdes podem ser obrigatórios em condomínios


Uma boa oportunidade para o marketing verde nas empresas do setor!

Telhados verdes podem ser obrigatórios em condomínios


Circula na Câmara Federal um projeto para obrigar condomónios a instalarem ecotelhados em suas coberturas. De autoria do deputado Jorge Mudalen (DEM-SP), o projeto de lei 1703/11quer transformar os telhados de condomínios que sejam verticais com mais de três unidades agrupadas.
Além de promover a sustentabilidade, a ideia é definir os ecotelhados como padrão para melhorar o aspecto paisagístico, trazer mais conforto térmico (reduzindo assim o consumo de aparelhos de ar condicionado) e ainda, promover o escoamento de água, medidas que já são praticadas por quem utiliza nossas soluções.
O projeto define ainda os telhados verdes como sendo uma cobertura de vegetação arquitetada sobre a laje de concreto ou a cobertura do edifício. A proposta estabelece que todos os Estados brasileiros terão a responsabilidade por definir condições e prazos para a adequação dos condomínios.
O deputado exige ainda dentro de seu projeto que os ecotelhadoscontenham as vegetações prefencialmente nativas e resistentes às variações de temperatura. Os telhados devem ter ainda, camadas de impermeabilização, proteção contra raízes, drenagem, filtragem, substrato e vegetação.
Seguindo tendências internacionais, que cada vez mais incentivam o uso de telhados verdes, o deputado ainda aposta na facilidade de manutenção dos ecotelhados. O projeto será analisado por comissões do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável,Desenvolvimento Urbano e da Constituição e Justiça e de Cidadania.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Marketing Verde & Ambiental


Marketing Verde

O relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU) culpa a ação do homem pelo aquecimento global e prevê um cenário de catástrofe ambiental.

"Concentrações de dióxido de carbono (CO2), metano e óxido nitroso aumentaram notavelmente como resultado das atividades humanas desde 1750, e agora excedem, em muito, os valores (anteriores)", diz o relatório.

"Os aumentos globais na concentração de dióxido de carbono se devem, sobretudo, ao uso de combustíveis fósseis e mudanças no manejo da terra, enquanto o aumento de metano e óxido nitroso se deve primordialmente à agricultura."

As conclusões estão descritas no "Resumo para os Formuladores de Políticas", que integra a primeira parte do relatório "Mudanças Climáticas 2007".

O documento diz que, até o fim deste século, a temperatura da Terra pode subir de 1,8ºC – na melhor das hipóteses – até 4ºC.

O derretimento das camadas polares deve fazer com que os oceanos se elevem entre 18 cm e 58 cm até 2100, dizem os cientistas. Além disso, tufões e secas devem se tornar mais intensos.

Marketing Ambiental
O Marketing Ambiental pode ser assimilado pelas empresas como uma ferramenta estratégica. Para viabilizar este objetivo é necessário desenvolver uma cultura de comunicação capaz de integrar conteúdos de vários departamentos técnicos ligados ao meio ambiente e qualidade de vida. É responsável em dar forma à política ambiental da empresa, auxiliando a otimizar e a implementar seu aperfeiçoamento integrado a um Sistema de Gestão Ambiental (SGA).

Trata-se de uma ferramenta capaz de projetar e sustentar a imagem da empresa, difundindo-a com uma nova visão de mercado, destacando sua diferenciação ecologicamente correta junto à sociedade, fornecedores, funcionários e ao mercado. O Marketing Ambiental, também conhecido como Marketing Verde, Ecologicamente Correto ou Ecomarketing, extrapola a mera publicidade ou divulgação dos produtos ou serviços oferecidos por empresas que querem veicular na mídia e no meio profissional ou para o consumidor a aplicação de métodos ambientalmente corretos aplicados ao seu gerenciamento interno ou na produção ou prestação de serviços.

O marketing verde é uma verdadeira e ampla adoção de políticas ambientais que vão do início, desde a coleta da matéria prima até sua disposição; é a compreensão gerencial ampla, dotada de métodos abrangentes e envolventes. Envolve a área de recursos humanos, ciência e tecnologia, educação, tudo enfim que estiver envolvido com a produção ou a prestação de serviços. Será uma necessidade empresarial. A empresa poluidora ou eticamente incorreta sob o ponto de vista ambiental será expurgada gradativamente pelos consumidores.

O Marketing Ambiental não se limita à promoção de produtos que tenham alguns atributos verdes (tais como recicláveis e produtos que não destruam a camada de ozônio). Isso porque, para posicionar-se como ambientalmente responsável, a empresa deve, antes de mais nada, organizar-se para ser uma empresa ambientalmente responsável em todas as suas atividades. Para isso, todos os funcionários devem estar conscientes de que a empresa não pode ter nenhuma falha em seu comportamento ambiental, pois é muito difícil e demorado o processo de reconstrução da imagem de uma empresa previamente retratada na mídia como ambientalmente irresponsável. Além disso, a empresa deve adotar um comportamento pró-ativo, ou seja, deve estar sempre aperfeiçoando seu comportamento ambiental, pois as expectativas da população quanto ao verde está em constante mudança e os objetivos que as empresas devem buscar atingir, em termos de emissões atmosféricas, por exemplo, são ideais (emissão zero de partículas poluentes). Por isso, para atingir tais objetivos, as empresas devem traçar metas cada vez mais rígidas.

Fontes: UOL-BBC / Prima Pagina / AMDA

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O que é marketing verde?


Seja empresa grande ou pequena, a organização que deseja crescer no competitivo mercado, deve estar atenta aos anseios não só de seus clientes, mas da sociedade em geral.
Vale lembrar que muitos desses anseios não são mero modismo, como alguns acham, mas sim algo que pode mudar a trajetória de vários negócios, e a empresa que quiser sobreviver e crescer deve estar atenta a esses fatores.
E um que vou destacar em especial, é a preocupação que as pessoas vêm tendo em relação ao meio ambiente, chegando a fazer pequenas modificações em seus hábitos, dentre estes a escolha por produtos tido como “verdes” ou ecologicamente corretos e deixando de consumir aqueles que prejudicam o meio ambiente.
É nesta situação que as organizações vêm adotando em sua cultura organizacional, o marketing verde também conhecido como marketing ambiental.



Apenas para situar o leitor, o marketing verde é um dos mais novos nichos do marketing, voltado a atender as demandas de seus clientes que, preocupados com o meio ambiente, exigem que as empresas realizem algumas modificações nos processos de fabricação de seus produtos a fim de ajudar na preservação e aumentar a qualidade ambiental. Além disso, o marketing verde serve também para que a empresa possa atender às diversas legislações ambientais que vem surgindo.
Talvez você esteja imaginando: “Há essa deve ser mais uma estratégia da empresa visando apenas o seu lucro.” Realmente, no inicio do marketing verde, mais precisamente nos anos 80 e 90, o pensamento das empresas era basicamente esse. Mas aos poucos, através das pressões sociais, legais e até mesmo da própria mudança de consciência por parte dos empresários, hoje o foco é mais voltado a preservação do meio ambiente, sendo que muitas organização tem feito muito mais do que o exigido pela lei.
Um dos grandes diferenciais do marketing verde é que ele tem a oportunidade de beneficiar vários grupos, pois através de suas ações a empresa, sociedade e meio ambiente saem ganhando. É o que podemos chamar de reação em cadeia.
A preocupação ambiental é mais uma tendência imposta pela sociedade e é algo que não tem data para acabar. Assim as empresas que não se adequarem a isso, podem enfrentar vários problemas que vão desde perda de vendas até multas de alto valor.
Por isso esteja pronto para fazer modificações na estrutura do seu negócio e encare o marketing verde não como um atraso, mas sim como uma oportunidade de aumentar seus lucros, reduzir seus custos e ajudar o meio ambiente.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Rock in Rio – Por um mundo melhor – Marketing Verde?

Festivais de Música têm apostado no marketing verde para promover os seus eventos. Depois do SWU o Rock in Rio também busca ser um festival sustentável.
Desde a edição de 2001 o Rock in Rio busca ser um evento mais social com ações mobilizam e sensibilizem a sociedade. Foi neste momento que o festival deixou de ser apenas Rock in Rio e passou a ser Rock in Rio Por um mundo melhor.
 
A partir de 2006, o evento atualizou o conceito e passou a levantar também questões ambientais. O objetivo do Rock in Rio 2011 foi reduzir ao máximo a poluição, o lixo e as emissões de CO2 causadas evento e, o que não pode ser evitado, deve ser compensado através de compra de créditos de carbono, reciclagem e plantio de árvores.
 
Vocês acreditam que o Marketing Verde do Rock in Rio Por um mundo melhor é boa estratégia de marketing?
 
Seguem algumas explicações e comentários sobre o evento colhidos da internet:
 
 Rock in Rio – Por um mundo melhor

Explicação: Rock in Rio – Por um mudo melhor

Comentários na internet:
 
FESTIVAL SUSTENTÁVEL, POR UM MUNDO MELHOR
Como vocês já sabem, nós queremos que o festival seja não apenas o maior do mundo, como também o mais sustentável. Para isso, contamos com o apoio da Sociedade Ponto Verde (SPV), instituição portuguesa sem fins lucrativos responsável por promover programas de reciclagem de embalagens em vários países europeus. Este ano, no Rock in Rio, a SPV implantará pela primeira vez no Brasil o selo 100R, concedido a organizações que agem para reduzir seu impacto ambiental.
Nos já recebemos esse certificado nas edições de 2008 e 2010 em Lisboa, onde encaminhamos para reciclagem mais de 145 toneladas de resíduos. No Brasil, queremos que 100% dos resíduos gerados antes, durante e depois do festival tenham um destino adequado: reciclagem, compostagem ou, em último caso, descarte correto em um aterro sanitário.
Nessa missão, contamos com o apoio da Companhia Municipal de Limpeza Urbana(Comlurb) do Rio de Janeiro, da Cooperativa Barracoop – que receberá o material destinado à reciclagem, e da Usina de Transferência e Reciclagem do Caju – para onde irá o material orgânico destinado à compostagem. Na usina, aliás, será gerado um adubo orgânico que será usado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente no programa “Rio Capital Verde”, que vai reflorestar 1,5mil hectares até 2012.
Além destas ações, contamos também com o seu apoio, fã, durante o festival. Para ajudar a realizar um festival mais sustentável, você precisa apenas escolher o transporte público para ir ao festival em lugar do carro particular – o que ajuda a cortar pela metadeas emissões de CO², e descartar o lixo que você gerar durante o festival em um dos 600 contentores que estarão espalhados pela Cidade do Rock.
 
 
Sustentabilidade no Rock
por Silvia Dias —Sep 01, 2011 03:20 PM
Depois do SWU, agora é a vez do Rock in Rio prometer um evento sustentável
Mais um festival de rock levanta a bandeira da sustentabilidade: esta semana os organizadores doRock in Rio anunciaram que o evento terá emissão zero de carbono e 100% de reciclagem. Para tanto, disseram que reduzirão a quantidade de detritos encaminhados para aterro sanitário, venderão material reciclado e tentarão sua transformação em recursos para projetos de reflorestamento. Catadores de lixo na operação (básico!) e a receita gerada a partir da venda dos resíduos deverá ir para a Cooperativa Barracoop, que fica próxima à Cidade do Rock. Tambéminformaram que haverá compensação da emissão de carbono com plantio de árvores e programas educacionais, além de uma campanha chamada "Vá de ônibus". O que eu gostei: eles olharam para a "operação" para estabelecer ações de redução de impacto ambiental, ao invés de focar no público, em ações de marketing, como fez o SWU no ano passado. Desta forma, essa tal de Sustentabilidade torna-se inerente ao processo, e não uma máscara sobre o rosto real do projeto. Só resta conferir se vão cumprir o prometido. Mas depois das lições do SWU, acho que eles não se arriscarão a comprometer a imagem da marca. E você, o que achou desta iniciativa do Rock in Rio?

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Walmart no Brasil

http://www.youtube.com/watch?v=h31jc8szzwk&playnext=1&list=PL9CC133F78AF465D2
Philips

http://www.youtube.com/watch?v=-wBd0_U3jho&playnext=1&list=PL9CC133F78AF465D2

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sustentabilidade sendo utilizada no Marketing de Guerrilha


Antes de iniciarmos o artigo, vamos entender o que é marketing de guerrilha.

O termo marketing de guerrilha vem da guerrilha bélica, ou seja, é um tipo de guerra não convencional, no qual a principal estratégia é a ocultação e extrema mobilidade dos combatentes, chamados de guerrilheiros.

Por princípio, as ferramentas de marketing de guerrilha são utilizadas por empresas menores com o objetivo de combater grandes concorrentes ou simplesmente sobreviverem. O marketing de guerrilha, como descrito por Jay Conrad Levinson no seu popular livro Guerrilla Marketing, de 1982, utiliza-se de maneiras não convencionais para executar suas atividades de marketing e com orçamentos “apertados”.

Fonte: Wikipédia

No Brasil, o marketing de guerrilha está, a cada dia, ficando mais conhecido e famoso entre pequenas empresas e agências de publicidade. Algumas empresas utilizam de momentos ou o famoso “hype” para criarem suas ações fixando sua marca, produto ou ideia com a onda do momento em algum assunto.

Isso está acontecendo bastante com a Sustentabilidade, palavra do momento. Muitas empresas, principalmente grandes corporações, estão criando suas ações de campanhas baseadas na sustentabilidade. Eu não sou um bom conhecedor do assunto, mas, toda vez que vejo uma ação, seja de marketing ou uma propaganda utilizando a sustentabilidade como ponto de divulgação, sempre fico com a sensação de que a empresa está ficando mais sincera. Sensação por muitas vezes enganosa.

Isso, para mim, aconteceu com o evento SWU em São Paulo, na cidade de Itu. O evento teve diversas atrações musicais. Não acompanhei o evento, mas sei que diversos blogueiros estiveram lá prestigiando os músicos e a organização do evento. Depois de ler alguns artigos, após o evento, falando sobre muitos erros da organização (copos plásticos, estacionamento caro e o não incentivo à ida ao evento de bicicleta e outras coisas mais) totalmente contrários ao que diziam nos anúncios e em toda divulgação do evento, levando a bandeira da sustentabilidade como principal foco do evento, comecei a pensar se realmente muitas empresas ou a maioria que leva essa bandeira da sustentabilidade está mesmo fazendo isso acontecer. Será?

Utilizar algo do momento para promover sua marca ou produto é algo bem guerrilheiro e uma grande ideia, mas deve ser feito de forma sincera e apoiando realmente a causa, no caso da sustentabilidade. Sem a sinceridade na campanha ou ação de marketing e sem o respeito à real ideia do projeto, marca ou empresa, acaba ficando bem claro, para bom entendedor, que o foco não era o que diziam e muitas vezes é somente o lucro.

Empresas, pensem nisso.

Marketing Verde Imprimir E-mail
Dom, 13 de Abril de 2008 - 09:14
por Alessandra Teixeira

A medida que a humanidade vai tomando consciência de seu papel social, muito tem-se questionado acerca da responsabilidade social de algumas empresas, perante o impacto ambiental negativo decorrente das atividades produtivas e mercadológicas. O processo de industrialização percorrido pelas nações ao longo dos últimos séculos, trouxe, de um lado, diversos benefícios econômicos e, de outro, sérias conseqüências ambientais. Se é permitido à humanidade usufruir, nesta era virtual, do conforto proporcionado por uma vasta gama de produtos e serviços, não se pode esquecer que muitos destes benefícios tiveram um custo ambiental bastante elevado. Nos últimos anos, os governos de diversos países em parceria com a iniciativa privada, tem se mobilizado em busca de soluções para o conflito desenvolvimento econômico & preservação ambiental. O chamado Desenvolvimento Sustentável, ainda está longe de ser alcançado pelos países e suas organizações, tendo em vista os inúmeros problemas ambientais decorrentes das atividades produtivas tais como: efeito estufa, chuva ácida, lixo nuclear, poluição atmosférica e aquática, entre outros. Exatamente por isto, é preciso repensar a atividade produtiva e mercadológica, a fim de que se possa encontrar soluções viáveis para o conflito capital & natureza e também conciliar os interesses de governos, empresas e sociedade neste processo. E um dos recursos mercadológicos, que à princípio, permite que as organizações sejam lucrativas e ao mesmo tempo ambientalmente responsáveis é a implantação do chamado marketing verde.

O MARKETING ECOLÓGICO E A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

O termo marketing verde, ecológico ou ambiental, surgiu nos anos setenta, quando a AMA (American Marketing Association) realizou um Workshop com a intenção de discutir o impacto do marketing sobre o meio ambiente. Após esse evento o Marketing Ecológico foi assim definido : “O estudo dos aspectos positivos e negativos das atividades de Marketing em relação à poluição, ao esgotamento de energia e ao esgotamento dos recursos não renováveis.” Posteriormente, o marketing ambiental também foi discutido por Kotler que o definiu como sendo : “(...) um movimento das empresas para criarem e colocarem no mercado produtos ambientalmente responsáveis em relação ao meio ambiente”. Polonsky, autor de várias obras sobre o tema, propõe um conceito para o marketing verde, que ele próprio considera como sendo o conceito mais abrangente: “Marketing Verde ou Ambiental consiste em todas as atividades desenvolvidas para gerar e facilitar quaisquer trocas com a intenção de satisfazer os desejos e necessidades dos consumidores, desde que a satisfação de tais desejos e necessidades ocorra com o mínimo de impacto negativo sobre o meio ambiente.”
O marketing ecológico consiste, portanto, na prática de todas aquelas atividades inerentes ao marketing, porém, incorporando a preocupação ambiental e contribuindo para : A conscientização ambiental por parte do mercado consumidor

Ao adotar o marketing verde, a organização deve informar a seus consumidores acerca das vantagens de se adquirir produtos e serviços ambientalmente responsáveis, de forma a estimular (onde já exista) e despertar (onde ainda não exista) o desejo do mercado por esta categoria de produtos. O marketing moderno consiste em criar e ofertar produtos e serviços capazes de satisfazer os desejos e necessidades dos consumidores. No marketing verde, os consumidores desejam encontrar a qualidade ambiental nos produtos e serviços que adquirem. Percebemos assim, que nenhum esforço por parte das empresas tem sentido, se os consumidores insistirem em continuar consumindo determinados bens que agridam a natureza. Por exemplo, uma indústria têxtil pode substituir peles de ursos, ovelhas, tigres e outras espécies por fibras sintéticas; mas se o desejo dos consumidores for o de continuar adquirindo vestimentas feitas a partir da pele destes animais, o esforço da organização, por mais bem intencionado que seja, não causará nenhum impacto positivo sobre a demanda.

A preservação das espécies e seus habitats naturais

Apesar da importância da flora e da fauna para gerar produtos que atendam às necessidades dos consumidores, sabemos que muitas espécies estão em processo de extinção e portanto, precisam ser poupadas. A preservação de espécies animais e vegetais quando o marketing verde é adotado por uma empresa, pode ocorrer de duas formas. A primeira é quando durante o processo produtivo a empresa não causou danos a estas espécies ou pelo menos procurou minimizá-los. Podemos citar como exemplo, a L’ácqua di Fiori, empresa do setor de cosméticos, que garante que seus produtos não são testados em animais. A segunda forma é quando uma empresa realiza ou patrocina um projeto com o objetivo de salvaguardar determinada espécie animal em extinção ou recuperar determinada área ambientalmente degradada. Neste caso, não há necessidade da empresa que desenvolveu a ação ambiental corretiva, ser a própria empresa responsável pela degradação ou uma empresa cujas atividades possam impactar negativamente o meio ambiente. Tal ação pode ser promovida por qualquer empresa, independentemente do setor econômico do qual ela faça parte, como é o caso do Unibanco com o programa Unibanco Ecologia, responsável por patrocinar projetos ecológicos. Contudo, algumas ações ecológicas, em nível de fortalecimento da imagem institucional, costumam surtir mais efeito quando são realizadas por empresas cujas atividades estão diretamente relacionadas ao meio ambiente. Exemplo disto é a MBR (Minerações Brasileiras Reunidas) com a recuperação da Praça da Liberdade em Belo Horizonte. O fato da empresa ter literalmente destruído a Serra do Curral deixou-a numa posição desfavorável em relação à sua imagem no mercado; como pode ser confirmado com as comunidades adjacentes à area onde a empresa minera. Entretanto, parte desta credibilidade corporativa perante à opinião pública foi resgatada após a recuperação da praça, sendo que o trabalho foi muito bem desenvolvido e apreciado pela maioria da população que teve este importante espaço público revitalizado. Contudo, uma questão problemática referente ao patrocínio de projetos, e que não pode deixar de ser considerada, é que assim como ocorre nas outras formas de marketing institucional como o marketing esportivo e o cultural, em que a organização somente patrocina o atleta ou o artista que já tem uma certa projeção no mercado, no marketing verde costuma ocorrer o mesmo. Muitas empresas dão prioridade a projetos ecológicos que tem como alvo áreas que possuem forte imagiabilidade e destaque na cidade, como os chamados cartões-postais, quando nem sempre estas áreas são as prioritárias. Não é raro constatar a existência de outras áreas, cujo estado de degradação se encontra em nível muito mais avançado e portanto, necessitando urgentemente de serem recuperadas. Porém, se forem áreas periféricas e de pouco destaque dificilmente despertarão a atenção das empresas. Aliás, as áreas periféricas, devido à maior concentração de miséria, geralmente são as mais ambientalmente degradadas. Neste caso, o problema ambiental torna-se difícil de ser resolvido, porque o Poder Público, que na verdade é o responsável por gerir o meio ambiente, promove ações paliativas e sem continuidade. Além destes problemas que envolvem o patrocínio de projetos, existem alguns feitos ecológicos realizados por algumas empresas, que não passam de cumprimento a determinadas penalidades, aplicadas exatamente pelo fato delas terem agredido o meio ambiente. Exemplo disto é o de uma empresa que devastou uma área proibida na capital mineira e por isso foi penalizada pela PBH, tendo que refazer o plantio das mudas arrancadas por toda a cidade. Para aqueles que transitam por Belo Horizonte e não sabem do que está por trás das inúmeras árvores, que exibem a marca da empresa em suas redes de proteção, pode parecer que esta preocupou-se com a natureza e com a qualidade de vida de seus consumidores, quando na realidade, o que ocorreu foi o contrário. Este é um exemplo de penalidade que acabou se transformando numa ferramenta da propaganda verde. E assim como o marketing não se resume em propaganda (ao contrário do que muitos pensam),o marketing verde também não está restrito à propaganda ecológica. No marketing verde, o ideal é que as empresas adotem a chamada comunicação de atitude, ou seja, divulguem o que elas realmente tem desenvolvido em prol do meio ambiente e não, o que existe de belo na natureza para ser explorado em mera campanha publicitária. A despeito disto, muitas empresas associam suas marcas à imagens ecológicas como: matas, cachoeiras, pássaros, montanhas etc, sem nada contribuírem para a preservação destes ecossistemas. Tais empresas, não estão realizando, de fato, o marketing ecológico, pois suas ações se restringem à mera propaganda. Além disto, as ações de marketing ambiental devem estar integradas às ações de marketing social e de marketing de relacionamento, porque o marketing verde propõe uma abordagem integrada das relações da empresa com seus públicos internos e externos, buscando assim a satisfação de todos: empresas, consumidores e meio ambiente.

A preservação dos recursos escassos

Se formos analisar o conceito de escassez na òtica econômica, percebemos que de um lado, temos os recursos naturais que são limitados e de outro, as necessidades humanas, que são ilimitadas. Como os recursos são escassos, torna-se uma condição indispensável ao pleno desenvolvimento econômico de um país, a maximização da eficiência produtiva através da correta alocação destes recursos para satisfazer as demandas sociais, que como já vimos, estão em constante evolução. Contudo, sabemos que exatamente por estes recursos serem escassos, eles devem ser racionalmente utilizados de modo que não se esgotem rapidamente, o que prejudicaria a própria capacidade econômica e também as condições que geram e preservam a vida no planeta. Assim, quando uma empresa adquire consciência preservacionista e resolve implantar o marketing verde, ela muda sua postura face às questões ambientais, pois entende que qualquer ação desenvolvida hoje no sentido de preservar os recursos escassos, trará no futuro, além de benefícios à natureza e à sociedade, vantagens à própria organização. Entre estas vantagens, podemos citar algumas, somente para efeito de exemplificação: redução dos custos de produção através da utilização de materiais e resíduos reciclados; redução de desperdícios; redução dos custos incorridos em multas pelo desrespeito a algumas normas ambientais; aumento de competitividade no mercado podendo, inclusive, canalizar o montante economizado a longo prazo para investimentos em outras atividades.

A incorporação de características ambientais aos produtos

A incorporação de características ambientais aos produtos é uma tarefa que envolve, em alguns casos, mudanças drásticas no processo produtivo, visando o abandono de tudo aquilo que possa comprometer a qualidade ambiental do que está sendo produzido. O controle do processo produtivo no Marketing Ecológico,envolve a análise de todo o ciclo de vida dos produtos, desde sua produção, embalagem, transporte e consumo até sua utilização e posterior descarte. Isto significa que durante todas as etapas do ciclo de vida de um produto, seus impactos ambientalmente negativos foram avaliados e corrigidos para que ele se tornasse não somente mais saudável para o consumo, como também menos agressivo ao meio ambiente. Para isso, são controladas as formas como as matérias-primas são extraídas da natureza e as formas como elas são trabalhadas no processo produtivo, tendo em vista a redução da emissão de poluentes para o meio ambiente. O produto final, também deve ter qualidade ambiental agregada, sendo um produto não-poluente e que, além de não provocar danos à saúde das pessoas, quando de sua utilização, também não provocará efeitos ambientais negativos, quando de seu descarte.
Enfim, o marketing ecológico envolve a adoção de diversas práticas preservacionistas, por parte das organizações, visando a eliminação ou, pelo menos, redução dos danos ecológicos em todas as fases do ciclo de vida dos produtos.

A COMUNICAÇÃO VERDE DAS EMPRESAS

O objetivo principal da comunicação verde é mostrar ao consumidor que um artigo ecologicamente correto, é também mais saudável para o consumo, a partir do momento em que reduzindo-se os danos ambientais, a qualidade de vida das pessoas, indiretamente, sofre melhorias. Ou seja, no Marketing Verde, a empresa divulga o que tem feito em prol do meio ambiente e, desse modo, procura sensibilizar o consumidor para que ele também participe deste processo, já que a responsabilidade de preservar os recursos escassos é de todos.

Vejamos alguns exemplos de mensagens informativas e educativas que os fabricantes poderiam incluir nos rótulos de seus produtos:
“Esta embalagem é biodegradável. Apesar disso, você deve descartá-la em um local adequado...”
“Não jogue sua latinha no chão pois ela pode ser reciclada. Procure em sua cidade um posto de coleta .....”
“ Você sabia que o vidro é 100 % reciclável ? Se você deseja contribuir para a coletiva seletiva de lixo, procure em sua cidade....”
“ Nosso produto não contém CFC´s. Saiba aqui o que o CFC pode causar ao meio ambiente e à sua saúde...”
“Veja o que acontece com a natureza toda vez que você joga lixo no chão....”
“Nossas lâmpadas foram fabricadas....Saiba mais como economizar energia.... “
“Nosso produto possui um rótulo ecológico. Isto significa que ele foi desenvolvido.....”
“Esta embalagem é fotodegradável. Isto quer dizer que....”
Num país como o Brasil, marcado por uma baixa distribuição de renda e por diversos planos econômicos mal-sucedidos, que deixaram o mercado em situação instável, os consumidores ainda têm orientado seus hábitos de consumo de acordo com a melhor relação-custo benefício que um artigo pode trazer. Pesquisas indicam que as motivações consumistas em nosso contexto sócio-econômico ainda não abarcam completamente a qualidade ambiental dos produtos - quando comparadas ao fator “preço”, apesar de uma pequena parcela do mercado já começar a se preocupar com a questão ambiental. Assim torna-se difícil transplantar certos conceitos como o do Green Marketing para a nossa cultura, sendo de extrema importância esclarecer que o maior lucro do marketing ambiental vem a longo prazo, com a adoção da referida comunicação de atitude. Nesta a imagem das empresas será fortalecida perante um mercado que já tem consciência das questões ecológicas.

CONCLUSÃO

Não basta os fabricantes serem verdes, se o consumidor final ainda estiver limitado pelo fator renda no momento da aquisição dos produtos. O mercado para os produtos ecológicos ainda é constituído por uma elite que se preocupa com a natureza e com a saúde ao mesmo tempo em que possui condições financeiras para optar por empresas e produtos ambientalmente responsáveis. Assim, tentar usar a comunicação de marketing verde de forma persuasiva constitui um equívoco, pois seu caráter é muito mais de educação ambiental do que mero estímulo à compra imediata.
No Brasil, o lucro através da venda de produtos com eco-qualidade será uma conseqüência da mudança de valores por parte das organizações e seus mercados. A educação ambiental assume um importante papel como uma ferramenta do marketing verde capaz de fazer o mercado internalizar mensagens de conteúdo informativo e participar do processo de construção das relações de troca do futuro, onde produtos existirão não somente para satisfazer as necessidades e expectativas humanas, mas também as necessidades da natureza em todas as suas formas.


BIBLIOGRAFIA

AGENDA 21.Brasília.Senado federal.Subsecretaria de Edições Técnicas,1996.
BENAKOUCHE,Rabah,CRUZ,René Santa.Avaliação Monetária do Meio Ambiente.São Paulo.Makron Books,1994.
CHEHEBE,José Ribamar B.Análise do ciclo de vida dos produtos : ferramenta gerencial da ISO 14000.Rio de Janeiro,Qualitymark,1998.
KOTLER,Philip.Princípios de Marketing.7ª ed.Rio de Janeiro.Qualytmark,1995,p.479-481
OTTMAN,Jacquelyn.Green Marketing: Opportunity for inovation. Chicago : NTC Business Books,1998
POLONSKY,Michael Jay.An introduction to Green Marketing.Eletronic Green Journal,ISSN:1076-1095.Vol. 1,issue 2,Nov.1994.
ROSSET.Introdução à Economia.17ªed.São Paulo:Atlas,1997,p.205