domingo, 18 de dezembro de 2011

Inteligência ecológica x Marketing verde


O combate ao falso marketing verde e a diminuição do impacto ambiental causado pelo consumo são as novas palavras de ordem do psicólogo e escritor Daniel Goleman, 64.
Autor do best-seller “Inteligência Emocional“, ele investe agora na “Inteligência Ecológica”.

Nesse seu último livro, Goleman defende que a sociedade tome consciência dos processos de produção que envolvem tudo aquilo que se consome, e que sejam revistos os métodos industriais incompatíveis com a preservação do planeta e da saúde das pessoas. “Não é mais possível ficar no escuro”, diz o autor.

Um dos caminhos para a transparência total, segundo o autor, é o trabalho dos ecologistas industriais -profissionais que sabem traçar toda a história de cada componente de um produto, calculando seus impactos ambientais e sociais. Assim, o ciclo de vida completo de uma mercadoria ficaria disponível para a análise dos consumidores, que decidiriam o que levar para casa com base em dados concretos, e não mais em falsas alegações ecológicas dos fabricantes. Esse trabalho minucioso, que começa a virar realidade em algumas partes do mundo, é o caminho para combater o falso marketing verde, diz Goleman.

Como diferenciar marketing verde de iniciativas reais para reduzir impacto ambiental?

DANIEL GOLEMAN – Agora, é muito difícil. Não há uma instituição independente que avalie o impacto do que compramos, ao menos não no Brasil. Mas já existe tecnologia para tornar isso possível. Nos EUA e na Europa isso já começou.

Quem deve responder pelas análises de ciclo de vida dos produtos? Governos, empresas?

GOLEMAN – Sou a favor de algo independente, como um grupo de ecologia industrial, para criar uma total transparência e dar informação aos consumidores. Um modelo para isso é o Good Guide. Ele é um corpo independente de cientistas e acadêmicos, que têm diversas fontes de informação. Eles oferecem um perfil completo do produto, de todo o seu impacto ambiental. Esse guia resume todas as avaliações em uma só, e dá uma nota simples, de 0 a 10. Com isso, você tem uma maneira de fazer escolhas reais.

Onde existe um desenvolvimento maior das análises de ciclo de vida dos produtos?

GOLEMAN – Estados Unidos, União Europeia e China. A China, surpreedentemente, está se tornando um centro de estudos desse assunto. Eles são a fábrica do mundo e estão percebendo que precisam entender por que seus clientes preferem um produto a outro, por que param de comprar algo. Todos os fabricantes serão forçados a dar todas as informações sobre seus processos de produção. O varejo começa a exigir isso. O modelo é o Walmart. Cerca de 20% dos produtos chineses são fabricados para o Walmart. E eles estão criando um índice próprio de impacto ambiental. Vão exigir as informações dos fabricantes, analisar, dar uma nota e colocá-la ao lado da etiqueta de preço, no supermercado. Isso está causando um pequeno terremoto na indústria. Uma outra cadeia de supermercados, a Safeway, com lojas na Califórnia, também está colocando essas notas, baseando-se nos rakings do Good Guide, que consideram o impacto de cada produto no aquecimento global, quanta energia ele consome, o impacto na biodiversidade, o impacto social. São questões duras, para as quais a indústria está sendo forçada a olhar. Nesta nova era de transparência, o consumidor vai votar com o seu dinheiro.

Não é muito poder para quem faz esses índices?

GOLEMAN – A organização que faz esse tipo de ranking tem que ser transparente. Quem quiser fiscalizar isso tem que ter acesso aos critérios para a escolha da nota. Não sei se o índice do Walmart, por exemplo, vai ser transparente. Se não for, isso pode dar vazão ao marketing verde, a coisas que parecem ecológicas, mas que só diminuem impacto em um aspecto. A transparência é a única coisa que pode acabar com esse “greenwashing”: a coisa que parece verde, mas não é.

As condições de trabalho entram nesse ranking?

GOLEMAN – No do Good Guide entram. A pessoa que fez o Good Guide [o americano Dara O'Rourke] é um professor que passou anos em chão de fábrica em países do terceiro mundo. Ele é que denunciou a Nike e expôs o uso de trabalho indigno que a companhia fazia. Hoje em dia, a Nike lidera um movimento em seu setor para acabar com o uso de “sweatshops”.

Como fazer o consumidor criar o hábito de consultar esses índices e mudar suas escolhas?

GOLEMAN – O Good Guide, por exemplo, está num aplicativo de iPhone. Você procura lá o xampu que vai comprar, o protetor solar, e ele mostra qual é a nota dele quanto ao impacto ambiental e se há similares melhores. Como a gente não costuma mudar muito nossa lista de compras no mercado, acho que não é tão difícil assim. Para as gerações mais novas, isso já faz parte do cotidiano. O trauma da geração das crianças de hoje é o risco de perder o planeta como nós o conhecemos. Agora, os mais velhos têm mais dificuldade de mudar de hábitos. Hoje, ainda é difícil fazer boas escolhas. Com a era da transparência, ficará mais fácil.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Você sabe o que é marketing verde?

Seja empresa grande ou pequena, a organização que deseja crescer no competitivo mercado, deve estar atenta aos anseios não só de seus clientes, mas da sociedade em geral.

Vale lembrar que muitos desses anseios não são mero modismo, como alguns acham, mas sim algo que pode mudar a trajetória de vários negócios, e a empresa que quiser sobreviver e crescer deve estar atenta a esses fatores.

E um que vou destacar em especial, é a preocupação que as pessoas vêm tendo em relação ao meio ambiente, chegando a fazer pequenas modificações em seus hábitos, dentre estes a escolha por produtos tido como “verdes” ou ecologicamente corretos e deixando de consumir aqueles que prejudicam o meio ambiente.

É nesta situação que as organizações vêm adotando em sua cultura organizacional, o marketing verdetambém conhecido como marketing ambiental.

Apenas para situar o leitor, o marketing verde é um dos mais novos nichos do marketing, voltado a atender as demandas de seus clientes que, preocupados com o meio ambiente, exigem que as empresas realizem algumas modificações nos processos de fabricação de seus produtos a fim de ajudar na preservação e aumentar a qualidade ambiental. Além disso, o marketing verde serve também para que a empresa possa atender às diversas legislações ambientais que vem surgindo.

Talvez você esteja imaginando: “Há essa deve ser mais uma estratégia da empresa visando apenas o seu lucro.” Realmente, no inicio do marketing verde, mais precisamente nos anos 80 e 90, o pensamento das empresas era basicamente esse. Mas aos poucos, através das pressões sociais, legais e até mesmo da própria mudança de consciência por parte dos empresários, hoje o foco é mais voltado a preservação do meio ambiente, sendo que muitas organização tem feito muito mais do que o exigido pela lei.

Um dos grandes diferenciais do marketing verde é que ele tem a oportunidade de beneficiar vários grupos, pois através de suas ações a empresa, sociedade e meio ambiente saem ganhando. É o que podemos chamar de reação em cadeia.

A preocupação ambiental é mais uma tendência imposta pela sociedade e é algo que não tem data para acabar. Assim as empresas que não se adequarem a isso, podem enfrentar vários problemas que vão desde perda de vendas até multas de alto valor.

Por isso esteja pronto para fazer modificações na estrutura do seu negócio e encare o marketing verde não como um atraso, mas sim como uma oportunidade de aumentar seus lucros, reduzir seus custos e ajudar o meio ambiente

Fonte: http://www.produzindo.net/voce-sabe-o-que-e-marketing-verde/

domingo, 11 de dezembro de 2011

Os novos paradigmas do consumo sustentável

Decorreu em Hamburgo, capital europeia da sustentabilidade 2011, nos dias 6, 7 e 8 de Novembro, a conferência científica internacional sobre o tema “Sustainable Consumption – Towards Action and Impact” (www.sustainableconsumption2011.org).

Na perspectiva do marketing sustentável foram debatidos temas como o valor da sustentabilidade para o consumidor, o retorno do marketing verde para as empresas e o contributo da promoção da alteração de comportamentos para reputação das empresas face a um novo perfil de consumidor, cada vez mais informado sobre os produtos que compra e a quem compra, e de uma sociedade mais exigente.

Assistimos presentemente a uma mudança de paradigma, em que o consumo materialista e hedonista é questionado. Neste modelo vigente, o consumo é encarado como algo benéfico, pois promove o culto da ascensão material, do sucesso e dos ideais de conforto e segurança. Porém, chegámos ao momento em que a expansão da economia global segundo este modelo é posto em causa pelas contradições existentes entre os imperativos económicos e ecológicos.

Segundo dados do Worldwatch Institute enunciados por Erik Essadourian, 12% da população mundial, que vive na América do Norte e na Europa Ocidental, é responsável por 60% do consumo mundial, enquanto os restantes 33%, na Ásia Austral e na África abaixo do Saara, são responsáveis por apenas 3%. Estes e outros fenómenos levarão à degradação dos ecossistemas e a uma necessidade crescente de energia e recursos naturais que colocam em causa o bem-estar humano.

É neste contexto que foram enunciados alguns dos principais desafios que o consumo sustentável tem pela frente, pois apesar do tema fazer parte da agenda política e económica, a adopção de produtos mais amigos do ambiente está muito aquém do esperado. Na prática, o que nos deparamos é com um desfasamento entre a intenção e a compra efectiva de produtos verdes. O consumidor afirma-se como conhecedor do tema e ecologicamente consciente mas tal não se traduz com o seu comportamento de compra na prática.

Na sua apresentação, Elizabeth Shove evidenciou que o consumo é um fenómeno multifacetado, pois trata-se de uma prática social ubíqua, e simultaneamente uma força económica, e as suas consequências são conflituosas. De um lado temos a produção, a indústria, a regulação. Do outro o mercado e as escolhas individuais, sendo que os determinantes do comportamento de compra sustentáveis são de difícil controlo pelo Estado ou agentes reguladores. Cabem, por isso, à esfera privada.

Os desafios futuros são multidisciplinares e é necessário cada vez mais pensar na perspectiva do consumidor. Não se pode isolar o consumo sustentável mas sim contextualiza-lo no sistema e nos estilos de vida”.

(Fonte: http://www.greensavers.pt)

Campanha Verão da rede Mundo Verde lança coleção de copos

A campanha de verão da rede Mundo Verde 2011/2012, alertar para cuidados com a saúde no verão, com dicas de como manter o corpo mais bonito e saudável. A estratégia de marketing da marca tem um cunho social e pretende conscientizar a preservação do meio ambiente. No dia 10 de dezembro, a MV lança uma coleção com três copos que poderão ser adquiridos nas compras acima de R$ 75,00 por R$ 10,90 ou individualmente por R$ 24,90. Será investido R$ 1,6 milhão de dezembro a Fevereiro na campanha de mídia imprensa que destacará a coleção.

Segundo o diretor de marketing da rede, Donato Ramos, um copo de plástico pode demorar até 200 anos para se decompor na natureza. “No verão, as pessoas estão nas praias e praças e é importante não se esquecer de cuidar da natureza para que as próximas gerações possam usufruir das belezas do nosso país. Os copos são bonitos e práticos e ideais para quem passa grande parte do tempo ao ar livre”, diz ele.

As cores escolhidas para as ilustrações dos copos levaram em conta a Cromoterapia com o objetivo de estabelecer o equilíbrio e a harmonia do corpo, da mente e das emoções através das cores. O copo com tons Verde representa as energias da natureza, da vida, esperança e perseverança. Simbolizam a renovação, fertilidade, crescimento e saúde.

O copo com cores cítricas (vermelho, amarelo e laranja) remetem ao verão e tem ligação direta com a criatividade, jovialidade, alegria e o dinamismo. O outro copo com tons rosa, azul e lilás tem ligação direta com o bem estar. A promoção é válida até 29/02/2012 ou enquanto durarem os estoques das lojas participantes.

[Fonte: www.mundoverde.com.br]

Aposta no marketing verde pode gerar bons resultados

A medida que a humanidade vai tomando consciência do seu papel social, muito tem se questionado a respeito da responsabilidade social das empresas, no que diz respeito aos impactos ambientais negativos. Por esse motivo, a sustentabilidade é considerada fundamental para que uma marca aumente o seu reconhecimento e a credibilidade no mercado. E para tratar da imagem da empresa relacionada ao meio ambiente, existe até uma nomenclatura especial.

O chamado “Marketing Verde” consiste na prática de todas as atividades inerentes ao marketing, porém incorporando a preocupação ambiental. Seu objetivo é realizar e satisfazer os desejos e as necessidades dos consumidores, desde que o processo não cause danos à natureza.

É muito importante que as organizações, ao aderirem a este conceito, informem os seus clientes a respeito das vantagens que eles terão ao adquirirem produtos ambientalmente corretos. Desta forma, podem gerar um estímulo em quem já tem essa preocupação, assim como despertar interesse em quem ainda não havia parado para pensar nestes aspectos.
Mas o que até o momento parecia ser positivo, para alguns ambientalistas não é. As empresas nunca estiveram tão engajadas com o meio ambiente, e muitos acreditam que isso possa ser apenas estratégia para que se aumente o número de clientes. Usar o “Marketing Verde” apenas para influenciar o consumidor, tendo em vista que algumas atitudes internas na empresa não irão mudar realmente, também torna-se negativa, além de não beneficiar a natureza.

A marca brasileira Natura pode ser citada como uma das pioneiras neste segmento. A empresa destaca-se com a linha EKOS, sempre buscando comprar matérias-primas vegetais, extraídas sem qualquer ônus ao meio ambiente. O trabalho de comunicação desta linha tem como objetivo levar suas crenças e valores ao maior número de consumidores possíveis, por meio de ações em novelas e programas televisivos de grande audiência. Isso tudo para difundir uma nova cultura ambiental.

Levando-se em conta esse exemplo e a consciência corporativa verde, o marketing tem uma força muito importante para cumprir esse papel. Trabalhar práticas ambientais e conscientizar as pessoas a terem responsabilidade é fundamental, principalmente nos dias de hoje.

Sempre que isso que seja feito de maneira verdadeira, certamente as empresas terão um retorno positivo e ajudarão a salvar o planeta da degradação total, que parece se aproximar a cada dia.

(Fonte: http://www.pcom.com.br)