segunda-feira, 28 de junho de 2010

Empreender também é cuidar do meio ambiente


Esse evento tem o apoio do Fronteiras do Pensamento e realização da FIERGS.
O tema é bem interessante e é quase de graça. Vale a pena!
Quem vai?

Aula Marketing Verde - 28/junho/2010

Resultado Enquete #3

"EM SUAS COMPRAS, VOCÊ COSTUMA DAR PREFERÊNCIA A PRODUTOS DE EMPRESAS SOCIOAMBIENTALMENTE RESPONSÁVEIS?"


Iniciamos essa enquete no começo do mês de junho e hoje encerramos.
As respostas foram:

Sim - 37%
Não - 63%

Podemos supor algumas razões para a não preferência:
- As pessoas desconhecem as vantagens de produtos socioambientalmente responsáveis
- As pessoas não se importam em utilizar tais produtos
- As pessoas os consideram caros
- As pessoas não querem mudar seus hábitos de consumo
- As pessoas desconhecem esses produtos ou eles não lhes são atraentes

E as razões para a preferência?! Vamos descobrir! Dê sua opinião na nossa nova enquete.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Relatórios de Sustentabilidade - Parte 2

Retomando o tema desse Post...

Já é comum em grandes empresas a publicação de relatórios de sustentabilidade, como uma prática de governança corporativa. Seja por pressão dos acionistas ou por outros grupos de stakeholders que exerçam pressão. Porém, ao implementar os relatórios, existem diversos obstáculos.

Um deles já foi solucionado: a falta de padrões, que prejudicava a credibilidade dos documentos. A criação do GRI, padrão de relatórios mais utilizado mundialmente, cumpriu o trabalho. Mas ainda existem outras questões importantes que dificultam a publicação.

A principal questão, segundo as empresas que não possuem relatórios, são os custos. Nos custos de um relatório estão incluídos, por exemplo, a dedicação de um profissional para escrever o relatório, os custos de implementação de novos controles e indicadores e o custo da certificação por uma entidade independente.

Porém, muitas empresas enxergam de maneira míope a função do Relatórios de Sustentabilidade. Ele é entendido como sendo puramente uma ferramenta de marketing institucional, que impacta na imagem percebida da organização. Assim, a prioridade dada às verbas destinadas a relatórios é constantemente baixa.

Deve-se entender que os Relatórios também servem como ferramentas de gestão. Ao incluir novos controles e indicadores em seu sistema de gestão, a empresa passa a considerar em suas decisões outras questões como o envolvimento da comunidade, a sustentabilidade dos seus produtos e a justiça trabalhista que impera na companhia.

Esse é um bom argumento para futuros gestores de Responsabilidade Social aumentarem o valor que a alta gestão dá aos Relatórios de Sustentabilidade.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Unilever já está lucrando com sustentabilidade


- Matéria do Portal Exame - 




Consciência verde, baixo impacto ambiental, sustentabilidade... Termos de uma agenda ecológica que tem se mostrado lucrativa não só para o meio ambiente, mas para bolso do consumidor e também para o caixa das empresas. Durante o Fórum Modelo de Desenvolvimento Sustentável, organizado por EXAME em parceria com a Unilever, nesta quinta-feira (10 de junho), o CEO da empresa anglo-holandesa, Paul Polman, disse que objetivo da companhia é crescer 50% até 2020 na mesma medida em que reduz seu impacto ambiental.

Nos últimos cinco anos, as fábricas da Unilever aumentaram a produção em 20% e, mesmo assim, conseguiram mitigar seus impactos sobre o meio ambiente. Atualmente mais de 55% da energia consumida pela empresa provém de fontes renováveis. A despeito do aumento da produção, foi possível uma economia no consumo energética de 24%. "A pressão para as empresas reduzirem seus impactos ambientais se intensifica a cada dia", afirmou  Polman. "Em breve, a sustentabilidade será essencial para a sobrevivência de todo e qualquer modelo de negócio". 

Em que pese as emissões de gases efeito estufa, só as fábricas da empresa no Brasil conseguiram reduzir as emissões de CO2 em 59% desde 2004, enquanto o consumo de água caiu 25%. Além disso, cerca de 98% dos resíduos gerados são encaminhados para a reciclagem. Segundo o CEO,  toda a gestão ambiental da empresa para o Brasil está pautada na estratégia UB2012 (Unilever Brasil 2012). "Queremos crescer nosso negócio até 2012 mantendo o impacto ambiental similar ou inferior aos valores de 2007, expresso em geração de gases de efeito estufa", afirmou. 

Uma das ferramentas estratégicas da empresa para crescer 20% nos últimos 5 anos, sem prejuízos ao ambiente e ainda gerando economias na cadeia produtiva foi adoção de designs ecológicos para os produtos. A mudança do formato da embalagem do sabão em pó OMO, por exemplo, que de vertical passou a ser horizontal, consome 10% menos recurso de energia e água; no processo de produção isso representa uma economia de 33% no consumo de energia e água.

Outro produto foi capaz  de refletir diretamente nos gastos do consumidor: uma nova fórmula do amaciante Confort, mais concentrada, reduziu de 74 litros para 24 litros o volume de água necessário para enxágue de roupas. "É ingênuo pensar que, para evitar a degradação ambiental, devemos produzir e consumir menos", disse Polman. "A forma como gerenciamos essas duas pontas da cadeia – da produção ao consumo – é que deve mudar e se tornar sustentável".

Tamanho desempenho ambiental tem gerado bons frutos financeiros para a empresa. Em 2009, a Unilever, liderou pelo 11º ano consecutivo o Índice DowJones de Sustentabilidade no setor de Alimentos e Bebidas, devido ao programa que mantém de de estimulo à agricultura sustentável. No ano passado, seu faturamento global foi de € 39,8 blhõesi, e no Brasil o faturamento se consolidou em R$ 11 bi. Um bom exemplo do como abraçar a causa verde e ainda ganhar dinheiro com isso. 


Você acha que "a pressão para as empresas reduzirem seus impactos ambientais se intensifica a cada dia e, em breve, a sustentabilidade será essencial para a sobrevivência de todo e qualquer modelo de negócio", como disse o CEO da Unilever?

Ótimo seria se as empresas percebessem isso o quanto antes e começassem a adequar suas práticas...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Danoninho para plantar

Uma iniciativa da Danone: agora comprando Danoninho você ajuda a reflorestar a floresta amazônica! Parece mirabolante, mas é a nova campanha, que parece fazer sucesso, de acordo com o site da Danone, são 31.662 árvores plantadas. A idéia dessa edição limitada de Danoninho é a seguinte: em cada pote de Danoninho você encontra um sachê (que vem com um código, que depois você coloca no site - daí as 31.662 árvores) com uma semente de rúcula, agrião, rabanete, cenoura, chicória, girassol, camomila e manjericão. Você lava o pote, coloca algodão (a velha experiência da escola) e quando já tiver um brotinho você transfere para a terra. E a idéia não é só plantar, mas, você cria uma árvore virtual e mantém ela crescendo (quase um tamagochi) e, quando ela chegar à fase adulta, cada árvore virtual representará um metro quadrado de mata atlântica reflorestado em parceria com o Instituto Ipê, com o limite de 214 mil metros quadrados de mata atlântica.

E parece fazer sucesso, enquanto eu estou escrevendo, mais 13 árvores foram plantadas virtualmente. Segundo a empresa, o objetivo é incentivar a experiência e a educação ecológica (o participante que fica 7 dias sem cuidar da sua árvore, recebe um e-mail da Danone) e ajudar no reflorestamento. Essa edição limitada vai de 10 de março a 31 de agosto de 2010, uns cinco meses de promoção. E, mesmo se não houver árvore nenhuma, a Danone se compromete a plantar pelo menos 10 mil metros quadrados.

Eu não consegui encontrar pontos fracos nessa campanha. A empresa está utilizando crianças para fazer sua propaganda e seu negócio? Não, isso não é ponto negativo, o público alvo dela é este, e as crianças terão maior consciência participando disto. Vocês acharam algum?
Será que a empresa perde (custo de botar mais um sachê, de fazer site específico, de plantar as árvores) ou ganha com isso (lembrança da marca, associação positiva da marca, número maior de vendas)?


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Green Nike???


Existe uma imagem que a Nike luta para afastar há anos: a de empresa socialmente irresponsável. As denúncias de uso de trabalho infantil em fornecedores de países pobres grudaram. A Nike fez um grande e reconhecido esforço para contornar a situação, mas a lembrança do escândalo permanece viva. Agora, a Nike, durante anos um símbolo da irresponsabilidade social no mundo corporativo, quer virar o jogo de outra maneira: tornando-se uma referência na questão ambiental. Ou seja, quer estar no time das empresas que estão liderando a corrida rumo à sustentabilidade.

A Nike não carrega a bandeira ambiental desde sua fundação, mas a empresa vem aprendendo há algum tempo. No final dos anos 90, a companhia decidiu abolir o uso de hexafluoreto de enxofre, um gás muito mais danoso que o dióxido de carbono quando o assunto é o aquecimento do planeta. O gás era usado nos tênis com amortecimento a ar. Foram necessários quase dez anos de estudos até que, em 2006, a Nike deixasse de usar o gás por completo. "Não foi nada fácil achar um substituto à altura", disse à EXAME a americana Sarah Severn, diretora de sustentabilidade da empresa. Hoje, essa linha de produtos usa o nitrogênio para amortecimento. Iniciativas como essa, porém, eram esparsas. As atenções dos principais executivos da companhia estavam voltadas para o problema das questões trabalhistas nas fábricas contratadas. Quando a poeira levantada por essa questão baixou, ficou clara a percepção de que a consciência ambiental não estava permeando os negócios de maneira efetiva. São vários os sinais de que esse cenário mudou.

Hoje, todos os tênis Nike têm o impacto ambiental calculado desde a primeira idéia dos designers. Eis o raciocínio: já existe uma grande preocupação com o destino dos calçados no fim de sua vida útil - por que não fazer essa pergunta no começo do ciclo? Em 1995, um par de tênis consumia cerca de 340 gramas de solventes para ser produzido. Atualmente, o uso desses químicos tóxicos, na maioria derivados do petróleo, é de apenas 13,4 gramas por par. A empresa também vem reduzindo o desperdício de materiais e está aumentando o uso de matérias-primas mais verdes na fabricação dos produtos. Em 2004, o algodão orgânico representava apenas 2% do total usado pela empresa. Em 2009, a utilização dessa fibra chegou a 14%. Em termos percentuais, ainda é pouco. No caso da Nike, uma empresa que faturou 19,1 bilhões de dólares no ano passado, essa pequena participação significa um total de 9 600 toneladas.

Por enquanto, ninguém está forçando a empresa a fabricar tênis que tenham zero de impacto no meio ambiente. "Desta vez, ela está sendo proativa", diz Reavis. A Nike também tem se destacado pela veemência com que defende a aprovação de uma política climática. A companhia não só ajudou a criar uma entidade para pressionar os parlamentares - a Business for Innovative Climate and Energy Policy - como, em setembro do ano passado, renunciou à sua vaga no conselho da Câmara de Comércio do país. A medida foi uma retaliação à postura conservadora da câmara para temas ligados ao aquecimento global. Há uma explicação para essa gana da Nike de estar à frente de outras empresas. "Ela estará sempre sob os holofotes", afirma o inglês John Elkington, que cunhou o termo "triple bottom line" - a ideia de que todo negócio deve observar seus impactos sociais, ambientais e econômicos (e não apenas os financeiros). Ironicamente, segundo ele, a chance de que a Nike volte a ter percalços, também é maior. "A empresa está tentando inovar em sua trajetória rumo à sustentabilidade", diz. "E quem inova comete erros, mesmo sem querer."

A Nike tenta inovar no verde, mas acredita que seus clientes não percebem. Mesmo assim, a empresa diz que tenta fazer mais e falar menos. E você leitor? Percebe a imagem da Nike diferente? Já viu alguns de seus produtos verdes?

Fontes:
www.portalexame.com.br
www.businessweek.com/magazine/content/09_25/b4136056155092.htm
www.nike.com